O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou para o cargo de secretária nacional do Paradesporto a técnica de adestramento paraolímpico Marcela Parsons.

Ela é esposa de Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC). O marido de Marcela se tornou a maior autoridade da entidade paraolímpica em 2017.

Andrew entrou no comitê como estagiário de jornalismo e se tornou presidente. No entanto, o presidente tem um episódio que complicou sua trajetória como cartola, inclusive envolvendo sua esposa. Marcela ficou conhecida por acompanhar o marido em viagens internacionais financiadas com dinheiro público.

O caso ainda está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão fiscalizador já puniu Marcela em outro episódio relativo à Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Na ocasião, a nova secretária do governo Bolsonaro foi multada em R$ 2 mil, conforme apuração do colunista Demétrio Vecchioli do UOL.

O cargo para o qual Marcela foi nomeada responde à Secretaria Especial do Esporte.

“No esporte paralímpico de alto rendimento, o Brasil já é uma potência. Nosso olhar, então, será mais voltado a pessoas com outros tipos de deficiência, como autistas, surdos e pessoas com deficiências intelectuais ou síndromes, de modo que elas também possam ter mais acesso ao esporte e, com isso, mais qualidade de vida”, disse Marcela ao site do governo federal.

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A nomeação foi criticada pelo ex-atleta olímpico e deputado federal Luiz Lima (PSL). Apesar de ser aliado do presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar considerou que um ex-atleta paraolímpico seria a melhoro opção para o cargo.

“Lamento muito que o Ministério da Cidadania não tenha percebido a importância de se nomear um atleta paralímpico para ocupar pela primeira vez o cargo de Secretário Nacional de Paradesporto. Triste o país que precisa de heróis. Pior o país que não reconhece seus heróis”, criticou.


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