Na briga para retornar à primeira divisão brasileira, o Santos está muito próximo de anunciar Paulo Bracks como novo diretor-executivo, uma espécie de CEO (Chief Executive Officer, em inglês). No cargo, o dirigente com passagens pelo futebol de América-MG, Internacional e Vasco da Gama terá outras atribuições: ele deve atuar em todas as frentes do clube, com menos influência no cotidiano esportivo.

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A negociação, que agora depende apenas da assinatura de contrato, foi conduzida pelo presidente do Peixe, Marcelo Teixeira. Antes de avançar pela contratação, a diretoria buscou informações de trabalhos anteriores e as referências foram bem recebidas, apesar de críticas ao trabalho mais recente, pelo Vasco, que brigou contra o rebaixamento até a rodada final do Brasileirão 2023.

No Santos, o entendimento é de que o dirigente não foi o principal responsável pelo fracasso cruz-maltino, mas sim apenas uma peça da engrenagem no comando do futebol.

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Apesar de ter atuado mais próximo das quatro linhas no decorrer da carreira, Paulo Bracks tem um longo currículo no direito desportivo. Pós-graduado na área, ele também tem formações em gestão de futebol, análise de desempenho e gestão técnica. Além disso, o dirigente também é professor da CBF Academy.

Em entrevista coletiva na última sexta-feira, Marcelo Teixeira valorizou o perfil de Paulo Bracks para o novo desafio no Santos:

– Queremos entender se o Paulo Bracks tem um perfil para ser um CEO. Um diretor executivo para ele coordenar as demais gerências. Hoje o Santos não possui. Queremos um profissional que faça a avaliação dos profissionais do clube e prosseguirmos o trabalho da parte gerencial.

Foram mais de dez anos focados na legislação desportiva antes de assumir seu primeiro trabalho como diretor de futebol, em 2018, no América-MG. Após período de sucesso na base do Coelho, o executivo foi promovido ao futebol profissional e repetiu o ótimo desempenho, por meio do acesso à primeira divisão e a chegada às semifinais da Copa do Brasil.

O trabalho no clube mineiro rendeu um salto na carreira como gestor de futebol: assumir o Internacional de Porto Alegre. Porém, foram 14 meses no comando de um trabalho que não cumpriu com as altas expectativas. No Inter, Bracks foi demitido sem conquistar títulos, após a eliminação vexatória para o Globo-RN na Copa do Brasil.

No Vasco, Bracks foi peça fundamental na montagem do elenco da temporada passada. No geral, foi uma gestão marcada por acertos e erros, porém, em campo o resultado não foi dos melhores. O Gigante da Colina carimbou a permanência na Série A apenas na rodada final do Brasileirão 2023.