O fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé, do Fluminense, receberá nesta quinta-feira (27), às 18h, em solenidade no Palácio Guanabara, no auditório da sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a vaga de imortal na cadeira 70, cujo patrono é do Dr. Enezil Pena Marinho, da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI). Filé, foi o precursor da fisioterapia no esporte, principalmente no Futebol, no fim dos anos 80. Ele será o terceiro fisioterapeuta nessa lista. Além dele, o Dr. Marcus Vinicius de Mello Pinto e Dr. Waldir Pereira Cunha completam a lista de imortais da área na Academia.

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Os cases de recuperação de atletas, mundialmente reconhecidos, como Romário em 1995, Ronaldo Fenômeno para Copa do Mundo de 2002, o tenista Gustavo Kuerten em 2006 em seu currículo, além da Copa do Mundo de 1990 pela Seleção Brasileira na Itália, fizeram de Filé uma referência mundial da fisioterapia no esporte.

No caso de Ronaldo Fenômeno, Filé foi fundamental na recuperação do craque para disputa da Copa do Mundo 2002, competição que o Brasil acabou conquistando naquele ano com o Fenômeno como melhor jogador da Copa. O fisioterapeuta ficou nove meses ao lado de Ronaldo no sudoeste da França recuperando o jogador. Vela a pena lembrar também, que Ronaldo também foi recuperado pelas mãos de Petrone para as Olimpíadas de Atlanta 1996, onde não só jogou pelo Brasil, mas posteriormente foi para o Barcelona se tornando o melhor jogador do mundo naquela época. Em sua passagem com o camisa 9 da Seleção Brasileira, em 1997, na Internazionale de Milão, Filé apresentou seus métodos e implementou a fisioterapia no clube italiano de uma forma mais profissional. Assim como também fez em Portugal. Um pioneiro.

Nilton Petrone trabalhou em clubes do Brasil, como Flamengo, Santos, Grêmio, Palmeiras e Atlético-MG, além de atualmente estar em sua segunda passagem pelo Fluminense desde 2014. A primeira aconteceu em 1997. O fisioterapeuta atualmente é o coordenador geral de fisioterapia de todas as categorias do Futebol de Base e Profissional do Tricolor.

Uma curiosidade do fisioterapeuta e, de como ele é referência, aconteceu em 1995. Quando Túlio Maravilha, artilheiro do Botafogo naquele ano, sofre uma lesão e solicita à Romário o contato de Filé, que na época trabalhava no Flamengo. Com a anuência de todos os responsáveis dos clubes, Nilton Petrone também cuidou de Túlio, colocando apto para jogar na semifinal diante do Cruzeiro e, consequentemente, na final do Brasileiro daquele ano, conquistado pelo Glorioso.

Sempre pioneiro, Filé implementou o MAC (Método de Aceleração Cicatricial) no Fluminense, sendo o primeiro clube do Brasil a utilizar este método, e com sucesso, também ministra cursos sobre o assunto.

A solenidade desta quinta-feira (27) não só imortalizará a referência da fisioterapia esportiva mundial, mas como também reconhecerá, mais uma vez, trabalho daquele que opera os milagres com as mãos. O fenômeno da fisioterapia do Brasil.