Nesta quarta (18), as quartas de final da Libertadores contará somente com times brasileiros na disputa: no Maracanã, às 19h (de Brasília), o Fluminense encara o Atlético-MG; no Nilton Santos, às 21h30 (de Brasília), o Botafogo recebe o São Paulo. O cenário evidencia o domínio dos clubes brasileiros na competição – últimos cinco campeões são do Brasil – e seus investimentos ajudam a entender isso.

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Os únicos não brasileiros ainda vivos na competição são Colo-colo, do Chile, Penãrol, do Uruguai, e River Plate, da Argentina. O River foi o último campeão não brasileiro da Libertadores e é uma das únicas equipes que chegam próximo do sucesso esportivo e financeiro recente das equipes brasileiras.

Atlético-MG

Na média dos gastos dos clubes brasileiros no ano, o Atlético-MG investiu R$ 107,8 milhões no ano. O clube mineiro está entre os melhores elencos do Brasil, contando com Hulk, Paulinho, Scarpa, Bernard e Zaracho. A maior parte dos investimentos foram para as chegadas de Scarpa, Lyanco e Fausto Vera, que somam para R$ 81,1 milhões.

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Buscando o bicampeonato, o Galo tem campanha idêntica com o ano do título, 2013. Na fase de grupos, a equipe mineira venceu 5 partidas e perdeu uma, assim como da última vez que foi campeã. Nas oitavas, o Galo passou pelo San Lorenzo com um empate em 1 a 1, fora de casa, e uma vitória por 1 a 0, em casa. Na última campanha, e 2022, o Atlético-MG caiu nas quartas de final.

Botafogo

Líder de investimento no Brasil, o Botafogo quebrou o recorde de investimento da sua história neste ano. Ao todo, foram investidos cerca R$ 364 milhões. Além disso, a contratação de Thiago Almada também quebrou outro recorde. Contratado pelo alvinegro por US$ 22 milhões (R$ 120,59 milhões na cotação atual), o jovem argentino é a contratação mais cara do história do futebol brasileiro.

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O clube carioca ainda superou a cifra dos US$ 10 milhões em outros dois atletas. Luiz Henrique, grande destaque da equipe na temporada, custou € 16 milhões (R$ 97,52 milhões) aos cofres do clube, enquanto Matheus Martins, recém chegado que já está se destacando, foi comprado por € 10 milhões (R$ 60,95 milhões).

Deve ser ressaltado que o alto valor investido se deve ao proprietário do clube, o inglês John Textor, que tem injetado dinheiro no clube buscando levá-lo de volta às conquistas. O Botafogo tenta seu primeiro título da Libertadores.

Colo-colo

Maior clube do Chile e único clube do país a vencer a Libertadores (1991), o Colo-colo fez sua terceira maior contratação da história este ano, mas possui investimentos modestos. Segundo o Transfermarkt, o clube chileno acumulou um total de € 4,95 milhões (R$ 29,98 milhões) considerando as duas janelas de transferências. O valor equivale a somente 37% do total gasto pelo clube do G12 brasileiro que menos investiu no ano, que foi o São Paulo, com R$ 81,35 milhões.

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Javier Correa assinou com a equipe em julho por US$ 1,8 milhões (R$ 10,90 milhões) e entrou para o top-3 de contratações mais caras. O valores que o superam são próximos ao dele. O ex-jogador Macnelly Torres (US$ 2,2 milhões) e o atacante Lucas Barrios (US$ 2 milhões) ocupam as primeiras posições. O Colo-colo enfrenta o River Plate tentando uma vaga na semifinal, que não vem há um tempo. Na primeira partida, as equipes empataram em 1 a 1.

Flamengo

Segundo clube que mais investiu no Brasil neste ano, o Flamengo é a maior potência esportiva e financeira do Brasil atualmente. Com receitas recordes sem precisar de investidores, a equipe rubro-negra vem quebrando recordes atrás de recordes nos últimos anos. Das cinco contratações mais caras da história do clube, uma foi feita em 2023 e duas em 2024. No último ano, o Flamengo surpreendeu e caiu nas oitavas de final da Libertadores para o Olímpia.

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Ao todo, foram investidos R$ 295 milhões neste ano. Carlos Alcaraz, contratado por US$ 20 milhões (R$ 109,45 milhões) na última janela, é a contratações mais cara da história do clube, que disputou três finais de Libertadores nos últimos seis anos, vencendo duas.

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No início do ano, o clube carioca pagou US$ 16 milhões (R$ 87,56 milhões) à vista e tirou o meia De La Cruz do River Plate, o clube sul-americano que mais se aproxima dos investimentos brasileiros, em uma das movimentações mais impactantes para o mercado da bola da região recentes.

Fluminense

O Fluminense, atual campeão da América, apesar de ser o clube do chamado G12 que menos investiu no ano, também quebrou seu recorde de valores gastos em contratações em apenas uma janela neste ano. Sem poder contar com um investidor como John Textor, o tricolor carioca atingir cifras mais modestas.

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Na segunda janela do ano, o clube investiu quase R$ 50 milhões, com quase metade desse valor sendo destinada a Facundo Bernal. O volante uruguaio custou € 3,30 milhões (R$ 20,13 milhões) e é a contratação mais cara do clube desconsiderando as aquisições feita na época do patrocínio da Unimed.

Peñarol

O Peñarol é um dos maiores clubes do continente. É o terceiro maior campeão do Libertadores , com cinco títulos, e três vezes campeão mundial. Entretanto, sua última conquista no torneio foi há 37 anos e o clube tenta voltar entre os quatro primeiros após 13 anos. Naquela ocasião, a equipe uruguaia chegou à final e foi derrotada pelo Santos de Neymar.

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Segundo o Transfermarkt, a equipe investiu somente € 3,29 milhões (R$ 19,94 milhões) no ano. Para os clubes brasileiros, é um valor equiparável a somente uma contratação. A contratação mais cara no período foi o meia Franco González, pelo valor de € 1,85 milhões (R$ 11,22 milhões). O adversário do Peñarol é o Flamengo, e o clube uruguaio tem a seu favor a marca de três vitórias e um empate em quatro partidas diante do clube brasileiro.

River Plate

O River Plate, último campeão não brasileiro da Libertadores, tenta retomar o protagonismo na competição. Desde o título em 2018 e o vice e 2019, para o Flamengo, a equipe não tem feito boas campanhas. Agora, com a volta do técnico Marcelo Gallardo, de jogadores campeões mundiais e forte mercado recente, os “Millionarios” tentam voltar à apoteose da América do Sul.

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A equipe argentina é uma das que mais fatura no continente. No fim de 2023, divulgou o que chamou de “melhor balanço patrimonial da sua história”, com um superávit de US$ 52,3 milhões (R$ 285 milhões). O valor é próximo ao do Flamengo, por exemplo, que encerrou um o ano passado com uma marca de R$ 320 milhões em superávit.

Segundo o Transfermarkt, o River Plate investiu € 65,63 milhões (R$ 357 milhões) no ano, superando o Flamengo e chegando perto do Botafogo, por exemplo. O jogador mais caro foi Esequiel Barco, que interessava equipes brasileiras. Antes emprestado à equipe, o meia foi comprado em definitivo por 10 milhões (R$ 60,62 milhões).

São Paulo

Atual campeão da Copa do Brasil, o São Paulo é o segundo clube do G12 que menos investiu no ano e tenta se firmar novamente na maior competição de clubes da América do Sul. Sua última participação no torneio foi em 2021, quando parou nas quartas de final. Mesmo vivendo um momento de reestruturação, os investimentos são-paulinos são consideravelmente maiores que o dos adversários estrangeiros.

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A equipe investiu cerca de R$ 81,35 milhões ao todo. Somente a chegada de Ferreirinha, por € 4,1 milhões (R$ 24,92 milhões), é equiparável às movimentações de Peñarol e Colo-colo. Além dele, o tricolor paulista ainda investiu cifras similares em Bobadilha (R$ 16,41 milhões) e André Silva (R$ 23,09 milhões). O que significa que ele conseguiria fazer três janelas do Peñarol considerando apenas uma contratação, por exemplo.