A maratona aquática é uma das grandes atrações em Jogos Olímpicos, especialmente para o torcedor brasileiro. Em Paris-2024, será a 5ª aparição da modalidade no circuito.

A modalidade entrou no cronograma olímpico como uma prova da natação e apenas nos Jogos do Rio-2016 ela ganhou o status de esporte independente. 

Diferentemente das outras provas da natação, que ocorrem em piscinas fechadas, a maratona aquática acontece em espaços abertos, podendo ser em rios, lagos ou até mesmo no mar. 

Em Jogos Olímpicos, a maratona é disputada em uma prova de 10km, em um percurso que demora cerca de duas horas para ser finalizado.

Maratona aquática em olímpiada

A maratona aquática foi incluída no cronograma olímpico nos Jogos de Pequim-2008, tanto no masculino, quanto no feminino. Assim como na maratona de corrida, a aquática ocorre em apenas uma prova, sem necessidade de eliminatórias durante o torneio.

Com um histórico curto de disputa, o esporte distribuiu apenas 24 medalhas no total, 12 no feminino e 12 no masculino. 

Com três medalhas de ouro, duas no masculino e uma no feminino, os Países Baixos possuem a delegação mais vencedora da categoria em Jogos Olímpicos. 

No masculino, apenas o alemão Thomas Lurz conquistou duas medalhas olímpicas, a prata em Londres-2012 e o bronze em Pequim-2008. Já no feminino a holandesa Sharon van Rouwendaal conquistou o ouro em Rio-2016 e a prata em Tóquio-2020.

Maratona aquática em Paris-2024

Indo para sua 5ª aparição em Jogos Olímpicos, a maratona aquática poderá ter problemas para ocorrer na próxima Olimpíada. A prova, que está prevista para acontecer no Rio Sena, depende de uma série de questões relacionadas à qualidade da água e do clima para ser concretizada. 

Para que a prova ocorra, a diretriz europeia e federações estabelecem limites máximos de concentração de duas bactérias nas águas do local escolhido. 

Em abril deste ano, o presidente do Comitê Organizador de Paris-2024 alertou que as amostras colhidas durante seis meses apresentaram resultados “alarmantes”, que colocam em risco a execução da prova, ao menos durante a data estabelecida. 

Caso esteja tudo em ordem, e a prova da maratona aquática possa ser realizada, ela deverá acontecer nos dias 8 (feminino) e 9 (masculino) de agosto. A prova começará no rio Sena e passará pela Ponte Alexandre III, localizada entre o Grand Palais e o Les Invalides.

Ao todo, 44 atletas, 22 no feminino e 22 no masculino estarão na disputa da maratona aquática em Paris-2024.Cada país pode ter no máximo dois atletas por gênero. 

Para se classificar, os nadadores e nadadoras disputaram o Mundial de Fukuoka (Japão) em 2023. De lá, 3 vagas nominais em cada gênero foram alcançadas. 

As demais cotas foram distribuídas no Mundial de Doha. Os 13 melhores de cada gênero conseguiram vaga para o país. Além deles, 5 atletas de cada naipe conseguiram vaga através da representação continental. O país sede recebe uma vaga no masculino e uma no feminino.

Maratona aquática brasileira

O Brasil estreou na maratona aquática em sua terceira edição, nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

Logo na estreia o Brasil já conquistou medalha. A nadadora Poliana Okimoto terminou a prova na terceira colocação e levou pra casa a medalha de bronze.

Já em Tóquio-2020 a delegação brasileira conseguiu seu melhor resultado na modalidade. Depois de uma série de conquistas em Campeonatos Mundiais, a brasileira Ana Marcela Cunha, uma das mais vencedoras em maratonas aquáticas da história, terminou a prova na primeira colocação, conquistando a medalha de ouro na modalidade.

Para Paris-2024, o Brasil espera seguir conquistando medalhas e novamente contará Ana Marcela Cunha para a disputa. Além dela, Viviane Jungblut também conseguiu a classificação e estará na próxima Olimpíada. No masculino o Brasil não terá representantes.