Sinônimo de sincronia, beleza e afinação, a ginástica rítmica é um dos esportes mais bonitos do circuito Olímpico e estará presente na Olimpíada de Paris-2024

Com inspirações no balé, principalmente pela movimentação corporal, essa modalidade encanta telespectadores ao unir arte, música, físico e competitividade.

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Com provas individuais e em grupo nos Jogos Olímpicos, as ginastas tem como objetivo apresentar coreografias utilizando aparelhos como arco, bola, fita e maça, criando uma apresentação sincronizada, harmoniosa e que empolgue o público presente nas arenas.

Os resultados das competições são determinados através da avaliação de juízes, baseados nos critérios de dificuldade, da nota de execução e da nota artística.

A ginástica rítmica vai para Paris para a sua 11ª aparição em Jogos Olímpicos e a competição pode ser repleta de surpresas.

Ginástica rítmica na Olimpíada

Depois da ginástica artística, a rítmica foi a segunda categoria da ginástica a entrar no calendário olímpico. A estreia da modalidade foi na Olimpíada de Los Angeles-1984, com a prova do individual geral.

O funcionamento da modalidade nos Jogos só foi alterado na Olimpíada de Atlanta-1996, quando as disputas passaram a ser individuais e em grupos. Dessa forma, o número de medalhas distribuídas aumentou de 3 para 6.

Diferentemente da ginástica artística e do trampolim, que conta com disputas masculinas e femininas, a rítmica só possui apresentações das mulheres. Apesar de ser permitida a prática do esporte pelos homens, o número de atletas masculinos na modalidade é pequeno e portanto não é reconhecido pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) como esporte masculino.

Em 1962, a FIG reconheceu  a Ginástica Rítmica como modalidade esportiva essencialmente feminina e, em Jogos Olímpicos, esse modelo permanece até os dias de hoje.

Desde a sua estreia, já são 10 participações da ginástica rítmica em Jogos Olímpicos. No total, já foram distribuídas 51 medalhas, somando as provas do individual geral e em grupos.

Nesse esporte, a Rússia é dominante. Ao todo o país já conquistou 15 medalhas, sendo 10 de ouro, 4 de prata e 2 de bronze. A Bielorrússia é o segundo país que mais conquistou pódios, mas sem medalhas de ouro, somando 4 pratas e 3 bronzes. 

Bulgária e Ucrânia conquistaram 5 medalhas no total, mas apenas 1 medalha de ouro. Ou seja, a Rússia é o único país que conquistou mais de uma medalha dourada na Olimpíada na ginástica rítmica.

Por ser uma modalidade relativamente nova no circuito Olímpico, poucas ginastas acumulam medalhas nos Jogos. No individual geral, apenas a russa Yevgeniya Kanayeva conquistou duas medalhas de ouro, a primeira em Pequim-2008 e a segunda em Londres-2012. A russa Alina Kabaeva também acumula 2 medalhas, prata em Sidney-2000 e ouro em Atenas-2004.

Ginástica rítmica em Paris-2024

A ginástica rítmica fará, em Paris-2024, sua 11ª participação em Jogos Olímpicos. A disputa da modalidade acontecerá na Arena Porte de la Chapelle, entre os dias 8 e 10 de agosto:

– 8 de agosto – classificatória do individual geral

– 9 de agosto – classificatória de conjuntos e final do individual geral

– 10 de agosto – final de conjuntos

Nesse torneio 94 ginastas vão brigar pelo pódio, sendo 70 na disputa de conjuntos e 24 no individual. Na prova de conjunto, 14 países com 5 ginastas em cada, estarão na disputa.

Na prova individual, Itália (1), Alemanha (2), Bulgária (2), Espanha (2), Eslovênia (1), Ucrânia (1), Uzbequistão (1), Azerbaijão (1), Israel (1), Brasil (1), Romênia (1), Egito (1), Estados Unidos (1), Chipre (1), China (1), Austrália (1), Cazaquistão (1) formam os países e a quantidade de atletas classificados. 

Já na prova de conjuntos, Bulgária, Espanha, Austrália, Alemanha, China, França, Egito, Uzbequistão, Azerbaijão, México, Israel, Itália, Brasil e Ucrânia são os países que estarão presentes em Paris-2024.

Ginástica rítmica do Brasil

Apesar de não ter o mesmo destaque que possui na ginástica artística, o Brasil vêm crescendo no cenário mundial também na ginástica rítmica e é presença garantida na Olimpíada de Paris em julho deste ano.

A equipe brasileira estreou na modalidade juntamente com a estreia do esporte no circuito olímpico, em Los Angeles-1984. 

Desde então o Brasil só ficou fora de 3 Olimpíadas, Seul-1998, Atlanta-1996 e Londres 2012. Apesar de já ter participado de 7 Jogos na ginástica rítmica, indo pra sua 8ª participação em Paris, o Brasil nunca conquistou medalhas.

Em Paris, a equipe brasileira vai para a disputa com esperanças de quebrar essa marca. Em 2023 o Brasil conquistou, pela primeira vez, mais de uma medalha em uma etapa da Copa do Mundo da modalidade. A delegação voltou com ouro na prova mista, prata no cinco arcos, bronze no individual geral, além do bronze individual de Barbara Domingos na fita.

O Brasil conquistou a vaga para o torneio olímpico na disputa por equipes. Além disso, também garantiu presença na prova individual, com uma ginasta, que será definida até o início dos Jogos.