Junto do futebol, o polo aquático é o esporte coletivo mais antigo dos Jogos Olímpicos. Em Paris-2024 o esporte fará sua 29ª aparição no circuito.

A modalidade consiste em partidas coletivas de sete jogadores dentro de uma piscina, incluindo o goleiro.

+ Paris-2024: confira tudo sobre a natação, segundo esporte que mais distribuiu medalhas em Jogos Olímpicos
+ Paris-2024: confira mais sobre o pentatlo moderno, esporte que engloba 5 modalidades diferentes

 O objetivo é simples: marcar mais gols que o adversário. Semelhante aos ideais do handebol, os atletas devem utilizar as mãos para passar a bola e arremessar para a meta adversária.

Existem duas regras importantes que merecem ser destacadas: a bola não pode ser segurada com as duas mãos juntas (apenas o goleiro pode) e a bola não pode ser afundada pelos jogadores quando atacados.

Conheça mais sobre a história do polo aquático nos Jogos Olímpicos, o funcionamento em Paris e a participação brasileira no esporte.

Polo aquático em Olimpíadas

Com longa história no circuito, o polo aquático fez sua estreia justamente em Paris, nos Jogos de 1900, apenas no masculino. Desde então, esteve presente em todas as edições olímpicas até os dias atuais. 

As mulheres estrearam apenas 100 anos depois, em Sidney-2000.

No total já foram distribuídas 100 medalhas na modalidade, sendo 33 de ouro, 33 de prata e 34 de bronze. 

Por conta da distância das estreias entre os gêneros na competição, o masculino é responsável por distribuir 82 medalhas, enquanto o feminino apenas 18. 

No quadro geral de medalhas do esporte a Hungria é a maior vencedora, com 17 no total (9 ouros, 3 pratas e 5 bronzes). A Itália com 10 medalhas (4 ouros, 3 pratas e 3 bronzes) e a Grã-Bretanha com 4 medalhas de ouro completam o Top-3. 

Vale destacar também os Estados Unidos, que conquistaram 12 medalhas (3 ouros, 5 pratas e 4 bronzes), ficando atrás dos britânicos apenas pela quantidade de medalhas de ouro. Os EUA levaram para casa as últimas três medalhas de ouro no feminino, em Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020.

O húngaro Dezső Gyarmati é considerado por muitos o maior atleta do esporte em Olimpíadas, tendo conquistado 5 medalhas consecutivas: ouro em Helsinque-1952, Melbourne-1956 e Tóquio-1964, prata em Londres-1962 e bronze em Roma-1960.

No feminino as norte-americanas Maggie Steffens e Rachel Fattal estiveram presente nas três conquistas consecutivas do país nas últimas olimpíadas e são notórias vencedoras da modalidade.

Polo aquático em Paris-2024

Depois de 100 anos o polo aquático reencontra a cidade de Paris, onde fez sua estreia em Jogos Olímpicos e também carimbou presença na Olimpíada da capital francesa em 1924.

A competição, que acontecerá do dia 27 de julho a 11 de agosto, na Arena La Défense, contará com 12 times no masculino e 10 femininos. 

Serão 132 homens e 110 mulheres na disputa, sendo que cada time pode inscrever 11 jogadores, além de um 12º chamado de “alternate”.

Por ser o país sede a França garantiu uma vaga em ambos os gêneros. Além dela, já foram definidos, através de campeonatos continentais e mundiais, as outras delegações do torneio. Confira:

Masculino

  • França
  • Hungria
  • Grécia
  • Japão
  • Estados Unidos
  • Espanha
  • Croácia
  • Itália
  • Sérvia
  • Montenegro
  • Austrália
  • Romênia

Feminino

  • França
  • Países Baixos
  • Espanha
  • Austrália
  • China
  • Estados Unidos
  • Grécia
  • Itália
  • Hungria
  • Canada

O formato do torneio é simples. No masculino, as seleções serão divididas em dois grupos, A e B. As quatro melhores avançam à próxima fase. Na sequência, serão disputadas as quartas-de-final, semifinal e final, além de uma disputa pela medalha de bronze.

No feminino o formato é o mesmo, a diferença é que os grupos possuem cinco seleções em cada.

Polo aquático brasileiro

O polo aquático não é um esporte de muita tradição no Brasil e os resultados e participações brasileiras em Jogos Olímpicos demonstram isso.

O país só participou do torneio quando convidado ou como pais sede. 

A delegação masculina esteve presente em 8 olimpíadas no total: 1920, 1932, 1952, 1960, 1964, 1968 e 1984 (todas por convite) e em 2016 por ser o país sede. 

A feminina só participou do torneio na Olimpíada do Rio-2016, justamente por ser o país sede.

Dessa maneira, o Brasil nunca conquistou medalhas no esporte em Olimpíada e esse cenário não mudará nos Jogos de Paris-2024, visto que, a delegação brasileira não conseguiu classificação para a próxima Olimpíada.