O Ciclismo BMX Racing é mais uma modalidade do ciclismo que fará parte do calendário Olímpico em Paris-2024. Desenvolvido por volta da década de 60, nos Estados Unidos, o BMX Racing é um esporte que alinha diversas habilidades.

Semelhante ao Moto Cross, mas com a bicicleta como veículo, o BMX Racing se popularizou durante as décadas de 70 e 80, ganhando notoriedade mundialmente. A Federação Internacional de BMX foi desenvolvida durante esse período, em 1981 e o primeiro campeonato mundial foi realizado em 1982, em Las Vegas (EUA).

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Para a Olimpíada de Paris-2024, o BMX Racing é um dos 5 eventos do ciclismo que acontecerá, junto do BMX Freestyle, Ciclismo de Estrada, Ciclismo de Pista e Ciclismo Mountain Bike. Por ser considerado um esporte radical, o BMX Racing é um dos que mais atrai o público e vem ganhando cada vez mais impacto dentro do cenário Olímpico.

As regras da modalidade são simples: Os motociclistas competem numa corrida em um percurso com características próprias de pista, bicicletas e equipamentos de segurança. A corrida deve começar numa rampa e os competidores não podem executar manobras e nem derrubar seus adversários. A classificação é definida de acordo com a ordem de chegada no final da prova. 

Ciclismo BMX Racing em Olimpíada

Assim como o BMX Freestyle, que estreou recentemente na Olimpíada, o BMX Racing também tem um recorte menor no cenário Olímpico do que outras categorias do ciclismo. A sua primeira aparição em Jogos Olímpicos foi apenas em 2008, em Pequim. Desde então, vem sendo presença constante no calendário, com 4 aparições.

São dois eventos que ocorrem no BMX Racing, o masculino e o feminino, distribuindo seis medalhas por Olimpíada. No total, 24 medalhas já foram distribuídas nessa modalidade

Os maiores vencedores do Ciclismo BMX Racing na Olimpíada são Māris Štrombergs (Letônia), no masculino, e Mariana Pajón (Colômbia), no feminino, ambos com duas medalhas de ouro. A Colômbia é o país que mais se destaca nessa modalidade, já tendo garantido 6 pódios.

BMX Racing em Paris-2024

O BMX Racing chega para Paris-2024 em sua quinta aparição em Jogos Olímpicos. Na próxima Olimpíada, 48 atletas (24 mulheres e 24 homens) estarão na disputa pelas medalhas.

A classificação para Paris foi divida da seguinte maneira: 2 cotas para o país sede (uma por gênero), duas cotas por universalidade ((uma por gênero) e as outras 44 cotas serão definidas totalmente através do ranking Olímpico, campeonatos continentais de 2023 (exceto Europa e Oceania), campeonatos mundiais de 2023 e o campeonato mundial de 2024. Cada Comitê Olímpico Internacional (COI) pode receber até três cotas por gênero.

Além das cotas por país sede e universalidade (4 cotas), o ranking olímpico do BMX Ranking contemplará 34 cotas (17 por gênero), que serão definidas no dia 24 de junho, a menos de um mês da Olimpíada. As outras 14 cotas são definidas por torneio classificatórios: Campeonatos continentais de BMX Racing 2023 (exceto Europa e Oceania) – 6 cotas (3 por gênero), Campeonato Mundial UCI BMX Racing 2023 – 2 cotas (1 por gênero) e o Campeonato mundial UCI BMX Racing 2024 – 2 cotas (1 por gênero).

As provas do BMX Racing acontecerão no Estádio de BMX de Saint-Quentin-en-Yvelines, nos dias 1 e 2 de agosto. O formato da competição é simples: cada bateria da corrida, tanto no feminino quanto no masculino, receberá 8 atletas, que disputarão uma prova de volta única. No total, oito ciclistas avançam para a decisão, que ocorrerá no dia seguinte às eliminatórias. 

BMX Racing brasileiro

Desde a inserção do BMX Racing em Jogos Olímpicos, o Brasil só não conseguiu classificação em Pequim-2008. Em Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020 o país teve dois atletas na disputa da modalidade, uma no masculino e uma no feminino.

Em Londres, Rio e Tóquio, Renato Rezende representou a delegação brasileira, mas não conseguiu avançar para as finais em nenhuma das edições. Já no feminino, Squel Stein representou o Brasil em 2012, e Priscilla Carnaval esteve na disputa no Rio e em Tóquio. Ambas as ciclistas também não avançaram às finais. Dessa maneira, o Brasil ainda não possui nenhuma medalha olímpica na modalidade.

Para Paris-2024, o Brasil já garantiu uma vaga para os jogos. Paôla Reis conquistou a medalha de ouro no  Pan-Americano de Ciclismo BMX, assegurando a vaga para o país na próxima Olimpíada. Por ser a ciclista brasileira melhor colocada no ranking, ela deve representar a delegação brasileira nos próximos Jogos Olímpicos.