A espera acabou: finalmente o Bayer Leverkusen é campeão da Bundesliga, título que vai muito além do ineditismo da conquista, especialmente por dar fim à hegemonia do Bayern de Munique na competição – o clube vinha de onze títulos consecutivos.

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E embora não fosse visto um dos favoritos à conquista, o time de Xabi Alonso também não pode ser considerado uma surpresa. Isso porque, desde a última temporada, quando o técnico assumiu a equipe e liderou uma arrancada da zona de rebaixamento à classificação para a Europa League, o clube dava mostras que se preparava para grandes conquistas.

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Com um time equilibrado e estilo de jogo leve, baseado em ataques rápidos e bola no chão, de jogadas construídas desde a defesa, o Leverkusen tem impressionantes 118 gols marcados em 42 partidas na temporada, se colocando como um dos principais ataques da temporada europeia.

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Na defesa, os números também chamam a atenção: foram apenas 31 gols sofridos. Com estatísticas tão boas, não é de se surpreender que o time ainda esteja invicto na temporada, com 37 vitórias e cinco empates. Isso para não citar as memoráveis viradas na reta final dos jogos, seja na própria Bundesliga ou na Europa League, que comprovam a força mental e a confiança do elenco na sua forma de jogar.

Um dos segredos deste estilo de jogo tão bem-sucedido está no sistema tático utilizado por Xabi Alonso, com três zagueiros. O desenho em 3-4-2-1 distribui o time com jogadores em zonas que geram incômodo para o adversário, como as costas do volante adversário – ou o espaço conhecido por entrelinhas, entre meio-campo e defesa.

As alas também são um dos pontos fortes do time: em meio a tantas discussões sobre a função dos laterais no futebol moderno, Frimpong e Grimaldo mostram que ainda é possível ver jogadores que partem da defesa e chegam à linha de fundo com a mesma força e competência.

Mais do que isso: graças ao estilo arrojado de Xabi Alonso, que absorveu ideias de vários dos técnicos com quem trabalhou enquanto atleta, os alas da equipe se comportam muitas vezes como atacantes, entrando na área para “fechar” (finalizar) algum cruzamento do lado oposto, em comportamento que seria esperado de um tradicional ponta.

O pedido do técnico deu certo, e ambos vivem, com sobras, a temporada mais artilheira da carreira: Frimpong balançou as redes 12 vezes na temporada, enquanto Grimaldo marcou 11 gols de agosto até o momento.

Mas os méritos do time vão muito além do aspecto tático. A confiança em um projeto também foi o fundamental para a conquista da Bundesliga. Prova disso é a quantidade de jovens jogadores que compõem o elenco do Leverkusen: apenas 10 dos 30 jogadores do grupo têm idade superior a 25 anos.

Em outras palavras, uma conquista tão grandiosa como essa não se explica apenas por um fator, mas por vários. Do aspecto tático à montagem do elenco, passando pela força mental, até chegar no trabalho de excelência desenvolvido por um treinador jovem e ousado. O título do Leverkusen é incontestável e deve ser valorizado por um bom tempo.