PALERMO, 19 SET (ANSA) – Milhares de pessoas passaram pelo Estádio Renzo Barbera, em Palermo, para se despedir nesta quinta-feira (19) do ex-atacante da seleção italiana Salvatore “Totò” Schillaci, morto na última quarta (18), aos 59 anos, vítima de uma pneumonia decorrente de um câncer.   

Artilheiro da Copa do Mundo de 1990, o que lhe rendeu o apelido de “herói das noites mágicas”, Schillaci lutava contra um tumor no cólon havia três anos e meio. O funeral do ex-jogador está marcado para 11h30 (horário local) desta sexta (20), na Catedral de Palermo, sua cidade natal.   

O caixão de Schillaci foi coberto com a camisa azzurra de número 19, a mesma que ele usou na Copa de 1990, e um cachecol rosa e preto, cores do Palermo. “As noites mágicas nunca serão esquecidas”, dizia uma faixa levada por torcedores do clube siciliano.   

Barbara Lombardo, viúva de Schillaci, não conseguiu segurar a emoção e, visivelmente comovida, afirmou que o ex-atacante era o “amor da sua vida”. “Totò era um cavalheiro, uma pessoa humilde, e eu me apaixonei justamente por isso”, acrescentou.   

Segundo Lombardo, Schillaci foi um “guerreiro” em sua batalha contra o câncer e “lutou até o fim”. “Ele queria viver por mim e pelos seus filhos”, disse.   

Mattia, filho de Schillaci com sua primeira esposa, Rita Bonaccorso, afirmou esperar que seu pai fique como “exemplo para todos os jovens que acreditam”. “Ele me ensinou a lutar sempre com minhas forças, a crescer e a superar os obstáculos”, contou.   

Schillaci e Bonaccorso também tiveram duas filhas, Nicole Jessica.   

O ex-atacante defendeu Messina, Juventus, Inter de Milão e Júbilo Iwata entre 1982 e 1997, quando uma lesão forçou sua aposentadoria. O auge de sua carreira, no entanto, foi a Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália.   

O atacante começou a competição no banco de reservas, mas terminou como artilheiro, com seis gols, levando a Azzurra a uma surpreendente terceira colocação, eliminada nas semifinais pela Argentina de Maradona. (ANSA).