Pep Guardiola construiu, nos últimos oito anos, uma dominância forte com o Manchester City. Além de incríveis seis conquistas de Premier League, o espanhol levou o clube à tão sonhada primeira Champions League em 2023, e cravou seu nome como o maior treinador da história dos mancunianos.

Porém, a era de ouro pode estar chegando ao fim. O contrato entre as partes tem duração até o final da temporada 2024-25, e uma notícia interna pode dificultar a renovação. Txiki Begiristain, diretor esportivo do City e braço direito do treinador, afirmou que deixará o cargo em junho do próximo ano, o que esfriou de vez as conversas.

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Para os mais novos, o nome do agora mandatário pode ser desconhecido. Porém, a amizade da dupla já dura anos e anos. Juntos, Guardiola e Txiki fizeram parte do meio de campo do Barcelona da década de 90, comandado por Johan Cruyff e que conquistou uma Champions.

Cruyff, em sua época de jogador, fez parte do revolucionário “Carrossel Holandês” de Rinus Michels, que teve influência direta no Ajax e na Holanda entre 1970 e 1978. O central era o craque do time tricampeão europeu, e da seleção que, em duas oportunidades, bateu na trave e ficou com o vice da Copa do Mundo.

Ao escolher seguir carreira na beira do campo, Johan também mostrou ideias geracionais. O embrião do ‘falso 9’, posteriormente usado por Guardiola com Lionel Messi no Barcelona, surgiria a partir da geração catalã da primeira metade dos anos 90, com Romário na função.

Atuando majoritariamente no sistema 3-4-3, o holandês montava o time da seguinte forma: Zubizarreta; Sergi, Nadal [Ferrer] e Koeman; Guardiola, Begiristain [Amor], Eusebio Sacristán e Bakero; Stoichkov e Laudrup [Goikoetxea]; Romário.

A amizade entre Pep e Txiki se manteve forte mesmo após os dois deixarem os gramados. A dupla trabalhou em conjunto no Barcelona campeão europeu em 2009 e 2011; um ano depois, Begiristain foi chamado para trabalhar no corpo diretório do City, e em 2015-16, mexeu suas peças para levar o amigo a assinar um pré-contrato, válido a partir de julho de 2016.

Desde então, os pedidos de contratação de Guardiola se tornam praticamente uma ordem para o ex-companheiro de Barça, que prontamente corre atrás. Contando com o aporte do qatari City Football Group, nomes como Haaland, Bernardo Silva e Gvardiol tiveram custos altos, mas no fim das contas, toparam movimentos rumo ao Manchester e têm entregado resultados.

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A saída de Txiki ao final do primerio semestre de 2025, porém, é um balde de água fria para os torcedores. Pep já declarou publicamente que sabia da decisão e que ainda não bateu o martelo sobre a permanência, mas que abalou-se com a aposentadoria do ex-central.

Enquanto não há uma definição, a dupla segue buscando exercer sua dominância no futebol inglês. Atualmente, os Citizens estão em segundo na Premier League, um ponto atrás do líder Liverpool, e prometem brigar novamente pelo troféu da Champions.