Bruno Tolentino, tio do meia Paquetá, jogador do West Ham e da Seleção Brasileira, foi convocado a depor na CPI das Apostas Esportivas. No entanto, o mesmo apresentou um pedido ao STF para não ser obrigado a comparecer à comissão no próximo dia 30.

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O motivo da convocação se deve a uma transferência de Tolentino, no valor de R$ 40 mil via Pix, ao atacante Luiz Henrique, um dos destaques do Botafogo na atual temporada. O dinheiro foi enviado no início de 2023, após o jogador levar cartões amarelos, enquanto ainda atuava pelo Real Bétis, da Espanha.

Mesmo tendo sido investigado Federação Espanhola de Futebol, o processo de Luiz Henrique foi arquivado. Por outro lado, Lucas Paquetá, sobrinho de Bruno Tolentino, é alvo de investigação da Federação Inglesa de Futebol por suspeitas de manipulação de cartões em partidas do West Ham. O depoimento do meia está marcado para o dia 29.

Argumento da Defesa

A defesa de Tolentino argumentou no habeas corpus ao STF que, embora tenha sido convocado a depor como testemunha, a CPI, na prática, vai ouvi-lo como investigado. Assim, ele deveria ter ao menos o direito a ficar em silêncio respeitado.

Os advogados, além disso, citaram o entendimento do Supremo de que são inconstitucionais conduções coercitivas de investigados a depor, incluindo em CPIs. Deste modo, ele não sofreria sanções se não comparecesse à comissão e deveria ter o comparecimento obrigatório convertido em facultativo. O habeas corpus ainda não foi distribuído a um dos ministros do STF.

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