A ginástica de trampolim é mais uma das categorias da ginástica em Olimpíada. É a modalidade mais nova da ginástica e com o menor histórico dentro do circuito olímpico, mas estará pela 7ª vez nos Jogos em Paris-2024

Inspirada nos espetáculos circenses, a ginástica de trampolim é um esporte que mistura técnica, equilíbrio e acrobacia. O trampolim utilizado no esporte foi desenvolvido na década de 30 pelo ginasta George Nissen.

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Desde então, o esporte vem sendo cada vez mais praticado e ganhando notoriedade ao lado das outras modalidades da ginástica, como a artística e a rítmica. 

Nos Jogos Olímpicos, o (a) ginasta executa sua prova saltando em uma espécie de cama elástica, tendo como objetivo a execução de elementos técnicos exigidos, que são avaliados de acordo com os critérios estabelecidos para o torneio. 

Ginástica de trampolim em Olimpíadas

Por ser um esporte que começou a ganhar destaque apenas na segunda metade do século passado, a modalidade demorou a fazer parte do calendário olímpico. Sua estreia foi apenas na Olimpíada de Sydney-2000, com a presença de atletas do masculino e feminino.

De Sidney-2000 até Tóquio-2020, a modalidade participou de todos os Jogos, 6 no total.

A ginástica de trampolim em olimpíada só possui um tipo de prova, o trampolim acrobático individual,  que acontece em ambos os gêneros. Dessa maneira, 6 medalhas são distribuídas. Ao todo, 36 pódios já foram alcançados.

A China é dominante nessa modalidade. O país já conquistou 14 medalhas (4 ouros, 4 pratas e 6 bronzes). O Canadá é o segundo maior vencedor, com 7 medalhas (2 ouros, 3 pratas e 2 bronzes). A Rússia completa o pódio com 4 conquistas (2 ouros e 2 pratas).

No feminino, a canadense Rosannagh MacLennan é a única ginasta com duas medalhas douradas, ganhas em Londres-2012 e Rio-2016. Já no masculino, o chinês Dong Dong é o maior nome do esporte em Olimpíadas, tendo conquistado 4 medalhas, ouro em Londres-2012, prata em Rio-2016 e Tóquio-2020 e bronze em Pequim-2008.

Ginástica de trampolim em Paris-2024

A ginástica de trampolim estará presente na Olimpíada pela 7ª vez em Paris. O esporte seguirá funcionando da mesma maneira que nas últimas edições, com apenas 1 evento para cada gênero.

Ao todo serão 32 atletas, 16 homens e 16 mulheres na disputa do pódio olímpico. 

Por ser uma modalidade enxuta, com poucos atletas na disputa, as provas classificatórias e as finais acontecerão no mesmo dia, 2 de agosto. O local escolhido para as apresentações foi a Bercy Arena.

As vagas para Paris são dos países e o caminho para a classificação foi dividido em 3 critérios, que abrangeram três torneios: Mundial de Birmingham 2023, Copas do Mundo 2023-2024 e Campeonatos Continentais de 2024.

Dessa forma, já foram definidas as vagas para o torneio da ginástica de trampolim.

No feminino, China (2), Atletas Neutros Individuais (2), Grã-Bretanha (1), Brasil (1), Estados Unidos (1), Canadá (1), Japão (1), França (1), Nova Zelândia (1), Espanha (1), Azerbaijão (1), Geórgia (1) e Egito (1) são os países que conquistaram as vagas.

No masculino, se classificaram China (2), Atletas Neutros Individuais (1), Grã-Bretanha (1), Brasil (1), Estados Unidos (1), Áustria (1), Japão (1), França (1), Nova Zelândia (1), Espanha (1), Cazaquistão (1), Colômbia (1), Alemanha (1) e Austrália (1).

O formato da disputa em Paris-2024 é simples: na fase classificatória, os ginastas apresentam duas séries, uma com elementos obrigatórios e uma apresentação livre. Avançam os oito melhores colocados para a final. Na decisão, os finalistas apresentam apenas o estilo livre, sendo avaliados nos critérios de dificuldade, execução e tempo de voo.

Ginástica de trampolim brasileira

A ginástica do Brasil vive seu melhor momento, em todas as modalidades do esporte, seja na artística, rítmica e de trampolim. Na artística, por exemplo, o país conquistou medalhas nas últimas 3 edições dos Jogos, sendo 2 medalhas de ouro.

Já na de trampolim, o Brasil conseguiu sua primeira participação nos Jogos do Rio-2016, classificando um atleta por ser o país sede.Naquele torneio, Rafael Andrade representou o Brasil no masculino, terminando na 15ª colocação. 

Para Paris, o Brasil já garantiu duas vagas, uma em cada gênero, para a disputa da ginástica de trampolim. No Mundial Birmingham de 2023, Alice Gomes e Camilla Gomes colocaram o Brasil na zona de classificação, mas apenas 1 vaga podia ser conquistada nesse critério. No Masculino, Rayan Dutra garantiu a vaga brasileira.

Como as vagas são dos países, o Brasil ainda pode decidir quais atletas representarão a delegação brasileira em busca de uma medalha inédita na modalidade.