Renato Gaúcho é o maior personagem da história do Grêmio. Como jogador fez os dois gols do maior título do clube, o Mundial Interclubes de 1983 (2 a 1 no Hamburgo, da Alemanha). Como treinador, devolveu o protagonismo do tricolor ao conquistar a Copa do Brasil 2016, encerrando o jejum de 15 anos sem títulos de expressão. De quebra foi campeão da Libertadores 2017 e da Recopa Sul-Americana em 2018.

Só que o futebol é momento. E o momento do Grêmio não é bom. Está entre os quatro clubes que seriam rebaixados para a Série B, caso o Brasileirão terminasse hoje.

Ontem, logo depois de mexer na equipe, o Grêmio foi de 2 a 0 sobre o Palmeiras a 2 a 2 em três minutos. Renato colocou uma vez mais o atacante João Pedro Galvão, símbolo máximo da ineficiência recente pós-Suárez. E, claro, JP não fez gol, não deu assistências e foi vaiado desde o aquecimento.

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Renato foi quem levou a pior. A torcida do Grêmio no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, driblou o frio com gritos de “Burro, Burro, Burro”. Na Arena, em Porto Alegre, Renato é uma estátua. Em Caxias, foi alvo da revolta da torcida.

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O treinador desconversou. “Sou muito bom treinador”, ironizou. Mas a pressão está alta. São apenas 11 pontos em 12 jogos. Verdade que o Grêmio tem dois jogos atrasados, mas a incômoda 18ª posição é um calo que dói no pé de Renato. Domingo o jogo é contra o Juventude, na mesma Caxias do Sul. Ou o Grêmio volta a vencer, ou os gritos de “Burro, Burro, Burro” vão voltar.