Esporte é indispensável no processo de inclusão e combate ao preconceito, diz Guilherme Schleder

Guilherme Schleder, ex-secretário no RJ e candidato a deputado
Foto: Divulgação

Durante o período em que esteve à frente da Secretaria Municipal de Esportes (SMEL), Guilherme Schleder sempre defendeu a importância da atuação do Poder Público e da Sociedade Civil em importantes temas. Entre eles, a promoção da causa da pessoa com deficiência e o empoderamento feminino, por exemplo, por meio de políticas públicas de inclusão e acessibilidade.

Em entrevista, Schleder fala sobre sua atuação e a importância das ações realizadas pela Secretaria de Esportes. Hoje candidato a deputado estadual, tem a convicção de que toda a experiência acumulada nesses mais de 26 anos de vida pública será fundamental para o trabalho que pretende realizar na Alerj.

– Tenho orgulho de, nesse tempo ao lado do prefeito Eduardo Paes e do deputado federal Pedro Paulo, já ter feito muito pela nossa cidade. E tenho a certeza de que podemos fazer ainda mais pelo nosso estado”, afirma Schleder.

 

  1. Qual a importância do esporte como política pública voltada para a pessoa com deficiência?

O esporte é uma ferramenta decisiva e indispensável neste processo de inclusão e combate ao preconceito. Além de ser importante instrumento educacional e de integração social. O constante incentivo para que cada mais pessoas pratiquem esportes vai de encontro com a ideia de despertar o potencial de cada cidadão, visando o desenvolvimento humano e a superação das desigualdades sociais.

 

  1. Nos conte algumas ações – durante sua atuação – destinadas à pessoa com deficiência?

Idealizei o ‘Rio em Forma’, com o objetivo de promover a inclusão social por meio de atividades esportivas, recreativas e culturais. Em seguida, implantei núcleos do projeto em 35 instituições conveniadas com a prefeitura voltadas para pessoas com deficiência.

Participei ativamente da reabertura da Vila Olímpica no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (CIAD) – com atendimento exclusivo para PCDs. O equipamento conta com 14 professores, 2 fisioterapeutas, pedagoga, assistente social e psicóloga. Além das atividades para pessoas com deficiências em quase todas as Vilas Olímpicas da cidade, o CIAD é dedicado exclusivamente para PCDs. Outra importante conquista foi ter participado do trâmite para o reajuste de 50% (per capita) do Convênio das Instituições da Rede SUAS (Sistema único de Assistência Social)

 

  1. Falando em Vilas Olímpicas, qual a relação do projeto com essa frente?

Atualmente, das 28 Vilas Olímpicas, 17 têm atividades para pessoas com deficiências, com cerca de 700 atendimentos por mês. Elas são adaptadas para receber PCDs, mas o CIAD é exclusivo para esse atendimento, possibilitando uma maior inclusão desse público em práticas esportivas, com professores multidisciplinares preparados para o atendimento.

Após a minha saída da Smel, o atual Secretário de Esportes, Francisco Bandeira, deu continuidade a todos os projetos. A luta em prol dos PCDs deve ser permanente. E é uma luta de toda a sociedade.

  1. Vamos falar de outra pauta muito importante: combate ao preconceito contra as mulheres e a luta pelos seus direitos. Qual a sua defesa sobre este tema?

Apesar de constatarmos um avanço na consolidação dos direitos da mulher no mundo, ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Enquanto Secretário de Esportes, trabalhei intensamente em prol do empoderamento feminino, apresentando o esporte como um importante aliado nesta luta.

Tenho o dever e o compromisso de impulsionar a cidadania, a igualdade, e fortalecer a rede de apoio às mulheres, principalmente as que sofrem algum tipo de violência. A integração das Vilas Olímpicas com o Projeto Mulher Cidadã, por exemplo, é uma forma de expandir importantes ações para várias regiões da cidade, atingindo um número maior de mulheres.

  1. Fale mais sobre o Mulher Cidadã.

Criado em parceria pela Secretaria Municipal de Esporte e pela Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher (SPM-Rio), o projeto ‘Mulher Cidadã’ oferece oficinas gratuitas e núcleos de atendimento nas Vilas Olímpicas Clara Nunes (Acari), Miécimo da Silva (Campo Grande) e Mestre André (Padre Miguel). Todas as oficinas são oferecidas por voluntárias da região. O projeto tem o objetivo de criar redes de troca de conhecimento entre as mulheres, por meio de atividades voluntárias. Além disso, busca aproximá-las dos serviços oferecidos pela Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria de Política para as Mulheres.

  1. Quais as ações realizadas durante sua gestão na luta pelo empoderamento feminino?

Incentivo para a prática de esportes de mulheres em vulnerabilidade social, garantia de gratuidade fiscal para massoterapeutas nas praias, auxílio na criação da nova Casa da Mulher Carioca Elza Soares, em Vila Vintém; igualdade nas premiações de competições esportivas para homens e mulheres. Além do aumento na contratação de mulheres no quadro de funcionários das Vilas Olímpicas.