A personagem Natasha Romanoff já merecia um filme próprio bem antes do sucesso de “Vingadores: Ultimato”, em 2019. Pois a espera foi recompensada: “Viúva Negra”, estreia nos cinemas e na plataforma Disney+, traz Scarlett Johansson em uma produção que engloba o estilo dos super-heróis e as cenas de ação no melhor estilo de James Bond. Perseguições de motos em alta velocidade e lutas perfeitamente coreografadas são encenadas em locações exóticas – geleiras da Noruega ou às margens do Rio Danúbio, em Budapeste. Também há revelações sobre o lado psicológico da protagonista e as sombras que vêm do seu passado. “Sei muito sobre essa personagem porque ela está em mim”, afirma Scarlett. “Fui capaz de fazer muitas descobertas sobre ela, tem sido um processo muito terapêutico. A oportunidade veio porque a interpreto há dez anos.” Com um elenco predominantemente feminino – Scarlett divide a maioria das cenas com Florence Plugh, que interpreta sua irmã, Yelena –, o filme possui uma característica relativamente nova para os fãs da Marvel: a dramaticidade dos conflitos familiares. “O que é família? Como ela define quem somos, para o bem ou para o mal?”, questiona a atriz. “A ideia de abordar Natasha inserida em um drama familiar oferece aos fãs algo inesperado e surpreendente.”

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O poder das mulheres

“Viúva Negra” é o primeiro filme da Marvel totalmente dirigido por uma mulher, a australiana Cate Shortland (foto). “Cate, nossa líder destemida, não tem medo de mostrar beleza e feiúra. É uma grande alma”, elogia Scarlett Johansson. Em uma tendência cada vez maior na Marvel – e em todos os estúdios –, a presença feminina aumentou também no time de roteiristas: Jac Schaeffer divide o trabalho com os colegas Ned Benson e Eric Pearson. Jac ganhou status após o sucesso de outra criação sua, a série “Wandavision”. Outra mulher que ganha espaço na Marvel é Kate Herron: ela é diretora e produtora executiva da elogiada série “Loki”.