O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira em depoimento no Senado dos Estados Unidos que prevê altas nos salários no país “em breve”. O comandante do BC apontou que o avanço dos salários apenas começaram a acontecer no país, mas disse que não há evidência de que a economia esteja excessivamente aquecida. Ele também previu que o país cresça mais, após uma reforma tributária que cortou impostos para empresas.

Em seu depoimento no Comitê Bancário, de Moradia e de Questões Urbanas do Senado, Powell comentou que espera que o mercado de trabalho continue a se fortalecer, sem que isso cause excessiva inflação. “Há ainda setores em que pode existir ociosidade na força de trabalho”, afirmou. Ele defendeu que a elevação gradual de juros defendida neste momento pelo Fed poderá equilibrar o desemprego em patamar baixo e a inflação rumo à meta de 2%. Nesse quadro, os salários devem subir um pouco, mas nada sugere inflação por isso neste momento, comentou. Para o dirigente, a inflação baixa é um “fenômeno global”, neste momento, por questões como o envelhecimento populacional e a estagnação da produtividade em alguns países.

O presidente do Fed também comentou a reforma fiscal recente, feita pelo governo do presidente Donald Trump. Segundo Powell, essa reforma deve gerar maior crescimento econômico nos EUA nos próximos dois anos e também pressionar a inflação. A autoridade notou que o país não está em uma trajetória fiscal sustentável, mas disse que esse quadro não altera muito a política monetária no curto prazo.

Powell também voltou a pedir que o Senado confirme Randal Quarles como dirigente do Fed. Trump nomeou Quarles para um mandato como diretor, mas os senadores ainda não confirmaram o candidato ao posto. O mandato de Quarles como diretor venceu em janeiro.


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