Especialista Izaias Pertrelly fala sobre o futuro da saúde privada no Brasil

Especialista Izaias Pertrelly fala sobre o futuro da saúde privada no Brasil

A saúde privada no Brasil tem cada dia mais ganhado mais adeptos. Seja por conta segurança de ter um atendimento qualificado em casos de urgência, como doença de familiares no meio da madrugada ou acidentes ou devido a qualidade no atendimento, facilidade de agendamento. Isso, porque muito se fala sobre que a saúde pública brasileira não está nos seus melhores momentos. A ausência de especialistas e ferramentas essenciais para cuidar do bem-estar da população são problemas bem presentes. Para entender mais sobre o futuro da saúde privada no Brasil, o  CEO da Blue Health, Izaias Pertrelly, dá um panorama sobre o momento da indústria no país.

“O nosso sistema de saúde como um todo precisa passar por mudanças significativas de forma urgente. As operadoras de saúde fazem o que a agência regulamentadora manda, não que estejam erradas , só acredito que baseado no serviço oferecido é regulamentado os planos de saúde funcionam como seguros , com sistemas de assistência, mas não existe um prévio “plano” para a saúde de quem contrata”,explica.

Ele afirma que tal discussão sobre o assunto incomoda alguns órgãos e empresas. “Acredito que essa discussão é saudável, provavelmente incomode alguns pois o novo sempre é visto como algo ruim por quem já faz de outra forma , mas o sistema no formato atual é insustentável financeiramente , não trata a saúde da população consequentemente não trás resultados a longo prazo, a única forma de ser eficaz nesse cenário é atrelando a tecnologia para previamente personalizar o cuidado e acompanhar esse usuário de ponta a ponta”, explica.

Ele conta que foi analisando essas lacunas no mercado e também por não ter experiências positivas em momentos que pessoas próximas precisaram de um atendimento emergencial que criou a Blue Health.

“A criação da Blue surgiu com base na minha vivência na área de tecnologia, comunicação e consultoria em gestão para outras empresas do setor de saúde suplementar, observando atentamente o quanto não se investia em tecnologia, inovação nesse setor , a extrema escassez de gente nova com vontade de fazer algo único, entendi que poderia contribuir de forma ainda mais ativa com esse mercado, além de ter tido experiências não muito positivas com a saúde da minha mãe e a impotência de conseguir prever o AVC que a deixou debilitada, eu sabia que podia construir um modelo de negócio sustentável e ao mesmo tempo efetivo”, conta.

Ele também falou sobre as healthtechs e da importância de implementação de mais tecnologia na saúde. “As chamadas healthtechs, têm alavancado inovações por meio da telemedicina, inteligência artificial, gestão, relacionamento com pacientes, farmacêutica, IoT (internet das coisas), entre outras, além de planos de saúde ditos mais econômicos que podem resultar na ampliação do acesso à saúde”, finaliza.