Moncef Kartas, um especialista alemão de origem tunisiana da ONU, foi solto na terça (21) na Tunísia e deixou o país, após passar quase dois meses preso por acusação de espionagem – disse o embaixador alemão nas Nações Unidas, Christoph Heusgen, nesta quarta-feira (22).

“Está a salvo. Deixou a Tunísia”, declarou Heusgen à imprensa, mas sem informar seu paradeiro.

O embaixador alemão afirmou que a detenção de Moncef Kartas aconteceu, apesar de sua “imunidade diplomática”. Kartas é membro de um grupo de especialistas da ONU que investigava violações do embargo de armas contra a Líbia.

“Para ele, ser detido e mantido preso por várias semanas foi uma violação das obrigações internacionais”, mas também “das regras da ONU” por parte de Túnis, insistiu Christoph Heusgen.

“Isso é algo que não deve voltar a acontecer”, afirmou, sobretudo, ao se tratar de “um país que tenta fazer parte do Conselho de Segurança”.

Ao ser questionado sobre se a Alemanha votará na Tunísia, em 7 de junho, durante a eleição de cinco novos membros do Conselho de Segurança por parte da Assembleia Geral da ONU para o período 2020-2021, o embaixador respondeu que se trata de uma “votação secreta”.

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Moncef Kartas foi detido no final de março, quando chegou à Tunísia. Apesar de ter sido solto ontem, ele continua sendo reivindicado pelas autoridades locais por ter “coletado informação relacionada com o terrorismo de maneira não oficial”, de acordo com a Justiça tunisiana.


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