De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), a produção e o consumo de energéticos está em constante crescimento no país.

Segundo os dados, entre 2010 e 2020, houve um aumento considerável de consumo por parte dos brasileiros, com crescimento, inclusive, na fabricação desse tipo de produto, que pulou de 63 milhões de litros por ano para 151 milhões.

“O cansaço acaba por afetar diretamente e indiretamente nosso dia a dia. Chegamos a ver a fadiga como algo natural, sendo resposta para nossa vida cotidiana”, explica Enrique Lora, médico integrativo e nutrólogo.

De acordo com o especialista, a fadiga não está só relacionada ao excesso de atividades e nem seria o consumo de energético o melhor caminho: é importante saber se a indisposição vai além de causas cotidianas, pois, muitas vezes, trata-se de uma questão física. “A falta de vitaminas pode deixar o corpo com fadiga. É necessário observar o sintoma, não apenas mental, mas biológico também”, salienta.

Em seu perfil profissional no Instagram, Enrique fez uma pesquisa informal com seus seguidores e descobriu que 67% deles sentem cansaço em maior parte do tempo. “Segundo esse levantamento, percebi que o cansaço afeta 52% do trabalho de meus seguidores. É um número alto, pois a fadiga deixa as pessoas improdutivas e diminui a qualidade das suas atividades. Além disso, 86% contaram que a indisposição afeta o tempo com a família. Ou seja, esse sistema transforma a vida do ser humano”, alerta.

“Precisamos observar qual o princípio para o cansaço e tratá-lo a fim de melhorar nossa qualidade de vida. As perguntas a serem feitas são: De onde vem esse cansaço? Será a forma que durmo? A minha alimentação? Será falta de vitaminas e minerais?”, orienta.

Segundo Erinque, o cansaço acaba acontecendo porque o corpo está em desequilíbrio e, muitas vezes, há a falta de cortisol.

“Muita gente acha que a substância está ligada ao estresse, mas a falta de sono pode trazer a escassez de reparação no corpo. Dessa forma, produz um desiquilíbrio na suprarenal, órgão que se localiza acima dos rins. Por conta dessa desorganização, há uma instabilidade na quantidade de cortisol necessária para estrutura física, causando indisposição”, conclui.