A jogadora de badminton espanhola Carolina Marín, que teve que abandonar a semifinal dos Jogos Olímpicos devido a uma grave lesão no joelho, declarou neste domingo (11) em suas redes sociais que refletiu sobre seu drama e reconheceu que não sabe se continuará jogando.

“Estou desolada, estou com a alma totalmente destroçada. Foi um golpe muito, muito duro. Vou precisar de muito tempo, mas do que precisei nas lesões anteriores”, confessou Marín, de 31 anos, campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016.

“Não sei o que vai ser da Carolina Marín no futuro, não sei se voltarei a jogar, se voltarei a pegar uma raquete de badminton, a disputar uma competição e se voltarei aos Jogos Olímpicos. Não sei”, acrescentou a jogadora, em um vídeo publicado uma semana depois de sua lesão.

A espanhola vencia a chinesa He Bing Jiao por 1 set a 0 e vencia o segundo por 10-8 quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e os meniscos anterior e exterior.

O pesadelo das lesões começou em 2019, com uma primeira ruptura do ligamento cruzado anterior no mesmo joelho direito. Após uma longa recuperação e a dois meses dos Jogos de Tóquio em 2021, Marín rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e dois meniscos.

O caminho de volta à elite foi árduo, mas a espanhola, uma “intrusa” em um esporte dominado por jogadoras asiáticas, foi vice-campeã mundial em 2023 e estava a 11 pontos de uma final olímpica quando a nova lesão interrompeu seu sonho em Paris.

Sua adversária, He Bing Jiao, visivelmente comovida com o drama de Marín, foi ao pódio usando um broche da Espanha depois de perder a final para a sul-coreana An Se-young.

“Não imaginava que poderia ter esse gesto, lembrar de mim no pódio. Quero agradecer mais uma vez pela atitude tão bonita que teve”, disse Marín.

“Preciso me recompor, sobretudo fisicamente, a cirurgia correu bem, apesar de ter sido a pior lesão que tive no joelho”, explicou a jogadora, que disse que só quer “ter paz e tranquilidade”. “Vou precisar de muito tempo”.

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