As eleições legislativas de dezembro na Venezuela devem ser “democráticas, legítimas e limpas” para que seu resultado seja reconhecido, insistiu a ministra das Relações Exteriores da Espanha, Arancha González Laya, nesta segunda-feira, após uma reunião com seus colegas europeus.

“As próximas eleições parlamentares na Venezuela devem ser democráticas, legítimas e justas como garantia para a União Europeia (UE) e seus Estados-membros reconhecerem esse resultado”, disse González Laya.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, avançou sua intenção de convocar uma reunião do Grupo Internacional de Contato (GCI) com “outros atores-chave” – como o Grupo Lima, segundo o ministro das Relações Exteriores espanhol – para discutir as eleições parlamentares.

“E para enviar uma mensagem forte ao regime (do presidente Nicolás) Maduro sobre suas últimas decisões a esse respeito”, acrescentou Borrell.

As eleições para a Assembleia Nacional em 6 de dezembro são determinantes para Guaidó, que baseia sua legitimidade em sua autoproclamação como presidente interino à frente do parlamento. Os principais partidos da oposição, entretanto, boicotarão as eleições.

Diante dessas eleições, a UE, quer manter canais diplomáticos abertos com Maduro para alcançar uma solução política, embora não reconheça sua reeleição em maio de 2018.