30/06/2018 - 8:20
Após a sofrida classificação para as oitavas de final, a Espanha enfrenta a Rússia no domingo em Moscou (11H00 de Brasília), em uma partida para tentar superar seus fantasmas e as atuações irregulares na Copa do Mundo.
O empate de 2-2 contra Marrocos, graças a um gol nos acréscimos, provocou muitas dúvidas sobre o estilo de jogo da Espanha, que espera deixar tudo para trás no estádio Luzhniki e garantir a vaga nas quartas de final.
A grande preocupação espanhola é a fragilidade de sua defesa, que sofreu cinco gols nas três partidas da primeira fase.
“Podemos melhorar e estamos trabalhando nisto, para conseguir a solidez na defesa que também nos dará confiança ofensiva”, afirmou o lateral César Azpilicueta.
– ‘De Gea e mais 10’ –Os problemas na defesa e as falhas do goleiro David de Gea foram alvos de críticas nos últimos dias, mas o técnico Fernando Hierro já deixou claro que o atleta do Manchester United é o titular absoluto.
“Contra a Rússia jogarão De Gea e mais 10”, declarou Hierro à imprensa espanhola.
As eventuais mudanças na equipe titular devem acontecer no meio, com a entrada de Koke Resurrección no lugar de Thiago Alcântara, o que ajudaria Sergio Busquets na marcação, contra um rival que receberá o apoio de milhares de torcedores.
“Vamos jogar, não contra 11 russos, mas contra milhares de russos, o estádio cheio”, declarou Thiago.
O estádio Luzhniki será mais um elemento a ser superado pela Espanha para romper uma maldição: o país nunca venceu um país anfitrião em um Mundial (Itália-1934 nas quartas de final (1-1 e 0-1 no jogo extra), Brasil-1950 na fase final (1-6) e Coreia do Sul-2002 nas quartas de final (0-0 e derrota nos pênaltis) em uma partida por erros de arbitragem a favor do time da casa).
“É o momento romper com isto e vencer a Rússia”, disse Azpilicueta.
Depois de sofrer contra rivais muito fechados, como Irã e Marrocos, os espanhóis acreditam que a nova fase da Copa do Mundo, com partidas eliminatórias, obrigará os adversários a jogar de modo mais ofensivo, o que favoreceria seu estilo de muitos passes.
– Uma Rússia rápida –“Em partidas em que você vence ou vai para casa, acredito que vocês verão partidas diferentes e a seleção vai recuperar o ótimo nível de jogo”, disse o lateral direito Dani Carvajal.
“A Rússia é uma seleção forte, vai ser muito rápida, temos que ter cuidado com as perdas de bola porque eles saem no contra-ataque com muita velocidade. Precisamos de muita concentração”, completou Carvajal.
“Não temos medo da Espanha. Isto é futebol. Nos confrontos as opções de cada equipe são as mesmas”, declarou o meia Alexandr Yerokhin ao recordar o amistoso de novembro em São Petersburgo que terminou 3-3.
A Rússia começou o Mundial com força, com boas vitórias sobre a Arábia Saudita (5-0) e o Egito (3-1), mas terminou a primeira fase com uma derrota de 3-0 para o Uruguai.
“A derrota para o Uruguai não quer dizer que estamos fora do torneio. Não. Queremos mais. É a partida de nossas vidas”, afirmou o atacante russo Artem Dzyuba.
No jogo das oitavas de final, a Rússia deve seguir apostando nos contragolpes rápidos e lançamentos longos, assim como nas jogadas de bola parada, responsáveis por metade dos quatro gols marcados pelo time da casa até agora.
Escalações prováveis:
Espanha: De Gea – Carvajal, Piqué, Ramos, Alba – Koke, Busquets – Silva, Iniesta, Isco – Diego Costa. Técnico: Fernando Hierro.
Rússia: Akinfeev – Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich – Zhirkov, Samedov, Gazinskiy, Golovin, Zobnin – Cheryshev, Dzyuba. Técnico: Stanislav Cherchesov.
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
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