Espanha em alerta por onda de calor e risco de incêndio ‘muito alto a extremo’

Toda a Espanha está em alerta nesta sexta-feira (15) devido a uma onda de calor e os incêndios continuam preocupando as autoridades, em particular após a agência meteorológica (Aemet) emitir um alerta de risco de “muito alto a extremo” para grande parte do país

Toda a península permanece em alerta devido à onda de calor pelo 13º dia consecutivo, e até mesmo a região cantábrica do noroeste, que até agora havia permanecido a salvo, terá um pico de temperatura que poderá superar os 40 graus, informou a Aemet.

A agência meteorológica advertiu que o risco de incêndios “continuará em níveis muito altos ou extremos durante o fim de semana e na segunda-feira, dias em que prosseguirão a onda de calor que nos afeta desde o início do mês”.

O país registra uma temporada de incêndios muito intensa, com 157.501 hectares reduzidos a cinzas desde o início do ano, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). No entanto, ainda está distante de 2022, quando mais de 306.000 hectares foram destruídos.

A Espanha, que já registrou três mortes nos incêndios, incluindo dois jovens voluntários que faleceram quando tentavam apagar o fogo em ‘Castilla y Léon’ (noroeste), recebeu reforços na quinta-feira de dois aviões Canadair, enviados pela França.

Nesta região está concentrada grande parte da atenção, com pelo menos 12 incêndios muito ativos.

A linha de trem que conecta Madri com a Galícia (noroeste) permanece cortada, assim como outras estradas no país.

O tema dos incêndios está presente no debate político com os dois principais partidos, o socialista PSOE e o conservador PP, que discutem sobre a gestão em um país onde os incêndios florestais são geralmente responsabilidade das regiões, não do governo central, que só intervém em casos de maior magnitude e pode mobilizar o Exército, neste caso a Unidade Militar de Emergências (UME), muito demandada nos últimos dias e chamada como reforço em muitas regiões do país.

Na Grécia, que também enfrenta uma onda de incêndios, os bombeiros relataram avanços no combate aos incêndio, graças à queda das temperaturas e à intensidade do vento.

A mobilização prossegue em Patras, a terceira maior cidade do país, com uma população de 250.000 habitantes, diante da presença de incêndios “dispersos”, com vigilância para um um possível ressurgimento das chamas.

O incêndio mais ativo continua na ilha de Chios, no nordeste do mar Egeu. No sul do mar Egeu, em Ática e no Peloponeso, o risco de incêndios continua muito elevado, advertiu a Proteção Civil na sexta-feira.

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