O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou, nesta quarta-feira (24), um pacote de 11 bilhões de euros (13,38 bilhões de dólares) para ajudar as empresas em dificuldades devido à pandemia de covid-19.

No anúncio feito no Congresso dos Deputados, o líder socialista não especificou a natureza desta ajuda ou se serão injetadas diretamente nas empresas como exigem há meses setores como o turismo, fundamental na economia e muito impactado pelas restrições derivadas da pandemia.

Nas próximas semanas, “o Executivo vai aprovar um pacote adicional de 11 bilhões de euros para novas atuações de empresas, PMEs e autônomos” especialmente em setores como o turismo, hotelaria ou pequenos comércios, disse Sánchez aos deputados.

Com as contas públicas em situação delicada e a dívida em máximos históricos, o Executivo espanhol priorizou até agora ajudas indiretas – como uma linha de créditos para a qual foram desbloqueados 116 bilhões de euros (141 bilhões de dólares).

Além disso, o Estado desembolsou desde o início da pandemia 40 bilhões de euros (49 bilhões de dólares) para financiar os salários dos trabalhadores em desemprego parcial ou os auxílios para trabalhadores autônomos.

Sendo assim, a administração central transferiu 24 bilhões de euros (29 bilhões de dólares) aos governos regionais para custear o aumento do gasto em saúde e educação.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha despencou em 2020 11% interanual, um dos piores na zona do euro e o pior em décadas neste país com uma economia muito dependente do turismo.

A dívida pública disparou 10% interanual, alcançando níveis históricos devido ao aumento do gasto para conter o desastre econômico causado pela pandemia.

Tudo isso repercutiu no mercado de trabalho, que terminou 2020 com mais de meio milhão de desempregados adicionais, especialmente no turismo e na hotelaria. Além disso, cerca de 755.000 trabalhadores estavam em planos de desemprego parcial no final de dezembro.