Várias regiões da Espanha anunciaram um endurecimento das medidas anticovid, mas o governo descarta um confinamento geral, apesar do esperado aumento dos casos após as festas de fim de ano – disse o ministro da Saúde, Salvador Illa, nesta quinta-feira (7).

A situação sanitária do país com o aumento da incidência do vírus gera “muitíssima preocupação”, destacou o ministro em uma coletiva de imprensa.

“Semanas complicadas estão por vir, e é preciso voltar a manter a guarda muito alta”, alertou Illa.

No entanto, um confinamento da população “não está em nossa mente e não é uma medida que contemplemos neste momento”, afirmou o ministro, acrescentando que as restrições que podem ser aplicadas, graças ao estado de alarme em vigor até maio, são suficientes.

No país, ainda está fresca a memória do confinamento adotado entre março e junho do ano passado em todo território, um dos mais rigorosos do mundo.

O ministro fez essas considerações ao ser questionado sobre o pedido feito pela região de Castela e Leão (centro), uma das mais afetadas, para impor um confinamento domiciliar por um curto período.

Com mais de 51.000 mortes desde o início da pandemia, a Espanha se aproxima dos dois milhões de casos notificados.

Diante do agravamento da situação, várias regiões espanholas, que são as competentes em questão de saúde, endureceram as restrições desde o início do ano, como adiantar a hora do toque de recolher noturno, ou fechar determinadas categorias de estabelecimentos comerciais.

A maior parte das regiões mantém também há semanas bloqueios perimetrais, o que significa que não é permitido entrar ou sair do território sem um motivo convincente.

Na Catalunha (nordeste), uma das regiões com maior população, está proibido a partir desta quinta-feira o deslocamento entre municípios, salvo em casos de força maior.

A região de 7,5 milhões de habitantes com capital em Barcelona decretou também o fechamento de centros comerciais. Academias, bares e restaurantes podem servir apenas café da manhã e almoço e, no fim de semana, poderão abrir somente os comércios essenciais como farmácias e supermercados.

Por último, as crianças voltarão às aulas em 11 de janeiro, para atrasar o máximo possível seu retorno após as festas de fim de ano.