MADRID, 8 SET (ANSA) – O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (8) quase 10 sanções contra Israel “a fim de parar o genocídio na Faixa de Gaza, processar os perpetradores e apoiar a população palestina”.
Entre as nove medidas com “efeito imediato” estão um decreto para “consolidar legalmente” o embargo de armas com Israel; a proibição do trânsito de navios e aviões transportando combustível ou materiais de defesa destinados ao território israelense pelos portos e céus espanhóis e a proibição de entrada na Espanha a “todas as pessoas que participaram diretamente do genocídio em Gaza”.
“Aquilo que Israel faz não é se defender, é exterminar um povo indefeso e violar as leis de direitos humanos”, pontuou Sánchez.
Madrid também convocou sua embaixadora em Tel Aviv, Ana Salomón Pérez, para consultas em resposta às “acusações caluniosas” de antissemitismo feitas por Israel e às “medidas inaceitáveis contra dois membros do governo espanhol”, que foram considerados personae non gratae pelo país judeu após o anúncio das novas penalidades.
“É impossível evitar a adoção de sanções pessoais contra funcionários do governo espanhol, que ultrapassou a linha vermelha”, afirmou no X o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, que lançou a medida contra a vice-presidente da administração espanhola e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, assim como à ministra da Juventude, Sira Rego.
Nesta manhã, um atentado a tiros feito por dois palestinos da Cisjordânia contra um ônibus em Jerusalém matou seis pessoas, entre elas, o espanhol Yaakov Pinto, de 25 anos, que havia se mudado há pouco para Israel.
“A Espanha reafirma seu compromisso com a paz no Oriente Médio e condena veementemente o terrorismo”, declarou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores do país europeu sobre o ataque. (ANSA).