Eslovênia proíbe importações de assentamentos israelenses na Cisjordânia

A Eslovênia anunciou, nesta quarta-feira (6), a proibição de importações provenientes de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, como uma “resposta clara à política do governo israelense que compromete as possibilidades de uma paz duradoura”, expressou o governo em um comunicado.

“Suas ações constituem violações graves e repetidas do direito internacional humanitário”, declarou o Executivo esloveno.

A Eslovênia afirmou que “não fará parte de uma cadeia que fecha os olhos diante das construções ilegais, expropriações e despejos forçados nos territórios ocupados”.

O governo esloveno também está avaliando proibir as exportações destinadas aos assentamentos ilegais e anunciou que tomará mais decisões em uma etapa posterior.

De acordo com a agência de notícias STA, citando uma declaração oficial de janeiro, a Eslovênia não importou produtos dos assentamentos israelenses nos anos de 2022 e 2024.

Em 2023, as importações foram mínimas, estimadas em cerca de 2.000 euros (12,7 mil reais, na cotação atual).

As exportações, por sua vez, se concentraram principalmente em equipamentos médicos e medicamentos.

Em julho, a Eslovênia já havia anunciado a proibição do comércio de armas com Israel devido à guerra na Faixa de Gaza, argumentando que a União Europeia era incapaz de adotar uma medida semelhante.

Este país-membro da Otan também proibiu a entrada de dois ministros israelenses de extrema direita, acusando-os de terem feito “declarações genocidas”.

Em junho de 2024, a Eslovênia reconheceu oficialmente o Estado da Palestina.

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