Os eslovacos votarão no próximo no sábado (23), para eleger seu novo presidente, depois de uma campanha entre um candidato pró-Rússia e pró-governo e um candidato pró-ucraniano, apoiado pela oposição.

O presidente da Eslováquia, país de 5,4 milhões de habitantes, membro da Otan e da União Europeia, tem principalmente funções cerimoniais, embora ratifique tratados internacionais, nomeie juízes superiores e seja comandante-chefe das forças armadas.

Entre os nove candidatos na disputa, Peter Pellegrini, ex-primeiro-ministro e atual presidente do Parlamento, e Ivan Korcok, ex-ministro das Relações Exteriores liberal, são os favoritos e podem se enfrentar em um segundo turno, marcado para 6 de abril.

Pellegrini tem o apoio do primeiro-ministro Robert Fico, seu aliado de longa data, que se recusa a fornecer ajuda militar à Ucrânia e pediu paz com a Rússia.

Ivan Korcok é decididamente pró-ucraniano, com opiniões semelhantes às da presidente em exercício, Zuzana Caputova, que decidiu não concorrer a um segundo mandato.

“A cena política eslovaca está dividida entre aqueles que são a favor da continuação da guerra a qualquer preço e aqueles que exigem a abertura de negociações de paz”, disse Pellegrini à AFP. “Eu pertenço à última categoria”, acrescentou.

Pellegrini, de 48 anos, ocupou vários cargos, incluindo presidente do Parlamento e ministro da Educação, até se tornar primeiro-ministro em 2018.

Korcok, por sua vez, conta com o apoio dos partidos da oposição que acreditam que uma vitória de Pellegrini abriria caminho para que fossem concedidos indultos presidenciais aos aliados no poder culpados de corrupção.

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