Onze escritores de não ficção entraram com uma ação judicial coletiva em que acusam OpenAI e Microsoft de usar indevidamente os livros que escreveram para treinar modelos por trás do ChatGPT e de outros softwares baseados em inteligência artificial (IA).

Os escritores, incluindo os vencedores do Prêmio Pulitzer Taylor Branch, Stacy Schiff e Kai Bird — que coescreveram a biografia de J. Robert Oppenheimer “Prometeu Americano”, que foi adaptada para o filme de sucesso “Oppenheimer” este ano — disseram ao tribunal na terça-feira que as empresas infringiram seus direitos autorais ao usar seu trabalho para treinar os modelos de linguagem GPT, da OpenAI.

Representantes da OpenAI, Microsoft e dos autores não responderam de imediato nesta quarta-feira aos pedidos de comentários.

O escritor e editor do Hollywood Reporter, Julian Sancton, apresentou primeiro a ação coletiva proposta no mês passado.

O caso é um dos vários relacionados a direitos autorais contra a OpenAI e outras empresas de tecnologia, movidos por autores como John Grisham, George R. R. Martin e Jonathan Franzen, pelo suposto uso indevido de seu trabalho no treinamento de IA. As empresas negam as acusações.

O processo de Sancton é o primeiro contra a OpenAI que também nomeia a Microsoft como réu. A gigante da tecnologia tem investido bilhões de dólares na startup de inteligência artificial e integrado os sistemas da OpenAI em seus produtos.

Os autores requerem quantia não especificada de indenização monetária e determinação para que as empresas parem de infringir seus direitos autorais.