A escritora Lygia Fagundes Telles, morta no último domingo, 3, tinha, na verdade 103 anos, revelou o genealogista Daniel Tadonne. O pesquisador analisou dois documentos, a certidão do primeiro casamento, com o jurista Gofredo Teixeira da Silva Telles, firmada em 17 de abril de 1947 e a identidade. Nelas, constam que a autora nasceu em 19 de abril de 1918, não 1923, como foi repercutido.

A identidade da autora bate com a data da certidão de casamento, conforme confirmou o portal g1 com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Questionada, a Academia Brasileira de Letras se omitiu, alegando que a autora gostava de manter discrição com relação à idade. Leia o texto que acompanha o post de Tadonne, publicado em seu instagram, abaixo:

” Lygia Fagundes Telles (1918-2022)

Hoje morreu Lygia Fagundes Telles. E sua genealogia nos mostra que a grande escritora guardava um segredo: ela era 5 anos mais velha do que dizia!

Partiu hoje aos 103 anos e não aos 98 anos como todos os meios de comunicação e até a Academia Brasileira de Letras imaginam…

Lygia foi registrada no cartório de registro civil de Santa Cecília (São Paulo SP) em 23 de abril de 1918 com 4 dias de idade. Poucos dias depois foi batizada na paróquia da Consolação em 3 de maio de 1918.

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Casou-se com seu primeiro marido, Goffredo Teixeira da Silva Telles, em 17 de abril de 1947, 2 dias antes de completar 29 anos. No registro de casamento sua data de nascimento é clara: 19 de abril de 1918.

A pesquisa genealógica muitas vezes revela dados e fatos escondidos há décadas. A análise dos registros de fonte primária pode desafiar nossas crenças.

Quem nunca desvendou alguns segredinhos com o auxílio da genealogia?”,


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