O escritor britânico John le Carré, famoso por seus livros sobre espionagem, morreu neste sábado (12), aos 89 anos, em Cornwall, na Inglaterra. O falecimento foi confirmado pelo seu agente Jonny Geller, que descartou a possibilidade de Covid-19.

De acordo com a editora Penguin, responsável pelos lançamentos do autor no Reino Unido, a causa da morte foi uma pneumonia.

John le Carré nasceu David John Moore Cornwell, em 19 de outubro de 1931, em Poole, na Inglaterra. Entre os anos 1950 e 1960, trabalhou como agente secreto do Exército Britânico e depois para o Serviço de Segurança Britânico, o MI5, espionando grupos de esquerda para descobrir possíveis agentes soviéticos em plena Guerra Fria.

Le Carré utilizou seus conhecimentos como espião para desenvolver a maior parte de sua obra literária, baseada em histórias de espionagem.

Seu primeiro livro, “O Morto ao Telefone”, foi lançado em 1961. Além dele, várias outras obras viraram best-seller pelo mundo afora e ganharam adaptações para o cinema, como “O Espião que Saiu do Frio” (1963), “O Espião que Sabia Demais” (1974) e “O Jardineiro Fiel” (2001), entre outros.

Este último foi adaptado para as telonas pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles, filme que rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Rachel Weisz, que divide as telas com Ralph Fiennes.

Com uma carreira literária de quase 60 anos, Le Carré deixa uma obra com 25 romances e um livro de memórias, “O Túnel dos Pombos” (2016). Ele deixa a esposa, Jane Eustace, com quem foi casado por quase 50 anos, e quatro filhos, Nicholas, Timothy, Stephen e Simon.