O romance satírico Interior Chinatown, de Charles Yu, escrito em forma de roteiro de cinema, venceu o National Book Award de ficção em 2020. O livro é uma paródia dos estereótipos chineses nos EUA e fala do conflito dos imigrantes entre assimilar a nova cultura e construir a própria identidade.

A biografia de Malcolm X, The Dead Are Arising, escrita por Tamara Payne (junto com o pai, Les Payne, jornalista americano morto em 2018), levou o prêmio de não-ficção, e o livro King and the Dragonflies, de Kacen Callender, venceu na categoria literatura para jovens. O prêmio de poesia foi para DMZ Colony, de Don Mee Choi, e o ganhador do prêmio de melhor tradução foi Yu Miri, com o livro Tokyo Ueno Station, traduzido do japonês ao inglês por Morgan Giles.

Os prêmios honorários, entregues na noite de quarta-feira, 18, foram para o romancista Walter Mosley e para a antiga CEO da Simon & Schuster, Carolyn Reid, que morreu em maio aos 71 anos.

Por conta da pandemia, um dos mais importantes prêmios e eventos da literatura americana foi realizado de maneira online, com apresentadores e premiados falando de cidades diferentes, de Nova York ao Japão. A tradicional cerimônia, para a qual editores e concorrentes chegam a pagar milhares de dólares por uma mesa, foi substituída por pedidos de doação.

Os vencedores de cada categoria do National Book Award recebem, cada um, US$ 10 mil, e outros finalistas, US$ 1 mil. Roxane Gay, Rebecca Makkai e Dinaw Mengestu estavam entre os jurados desse ano, que julgaram cerca de 1,6 mil livros – o trabalho esse ano foi feito de forma praticamente toda remota.