A escola de alto padrão Vera Cruz, na Zona Oeste de São Paulo, suspendeu por tempo indeterminado as duas alunas acusadas de ato de racismo contra uma das filhas da atriz Samara Felippo.

A menina de 14 anos, fruto do relacionamento da atriz com o ex-jogador de basquete Leandrinho teve o caderno rasgado e rasurado com frases racistas escritas pelas adolescentes punidas.

A mensalidade custa cerca de R$ 4.928,00 por mês para alunos do 9° ano e R$ 5.344,00 para estudantes do ensino médio.

Em comunicado interno às famílias, Daniel Helene, coordenador pedagógico do Vera Cruz , narrou às famílias as punições que as duas meninas do 9º ano receberam do colégio, após terem sido descobertas como autoras da agressão.

“Na quinta-feira, dia 25 de abril, as alunas agressoras foram convocadas pela Escola para devolução das folhas arrancadas do caderno, bem como para serem informadas oficial e presencialmente das sanções que seriam aplicadas a elas. As sanções envolvem a proibição da participação delas na viagem de Estudo do Meio na Serra da Canastra e uma suspensão por tempo indeterminado, iniciada na própria quinta-feira”, disse em comunicado enviado ao g1.

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O coordenador também não descartou outras punições às duas alunas e disse que as famílias das jovens agressoras foram convocadas pela escola.

“A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo – fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo”, escreveu.

“As ações punitivas são determinadas conforme regras e procedimentos institucionais, que levam em consideração os sentidos das punições no ambiente escolar. As sanções foram definidas pela equipe de Orientação, Coordenação e Direção, considerando a gravidade das ofensas. É importante sublinhar que as alunas não reincidiram em agressões racistas; a Escola nunca havia tomado conhecimento de qualquer atitude racista de ambas as alunas. Ações de reparação ainda serão definidas”, declarou.

Manifestações dos pais

Em carta divulgada para grupos antirracistas formados por pais de estudantes do Vera Cruz, o casal Pedro Cobiaco e Janaína de Luna, que são pais de alunos do colégio, relatam que uma coordenadora passou em todas as salas “comunicando a decisão do colégio: as meninas não seriam expulsas”.

“Nossa filha chegou hoje indignada, com toda a razão, com o comunicado de sua escola acerca da não-expulsão de duas alunas envolvidas em um caso sério de racismo no colégio”, escreveram. “O caso em questão não envolve subjetividade alguma. Trata-se, absolutamente, de um crime de ódio”, iniciou a nota.

Ainda de acordo com eles, as as agressoras teriam aproveitado que a filha da artista saiu da sala, quando o sinal tocou, para furtar o caderno, levá-lo para fora da escola e vandalizá-lo em uma lanchonete da região. O objeto foi devolvido para o ‘Achados e Perdidos’. “As racistas planejaram essa violência com antecipação”, completaram.