As Nações Unidas alertaram, neste sábado (12), que a escassez de combustível na Faixa de Gaza atingiu “níveis críticos” e pode aumentar drasticamente o sofrimento no enclave palestino, devastado após 21 meses de guerra com Israel.
Em um comunicado conjunto, sete agências da ONU enfatizaram que “o combustível é a espinha dorsal da sobrevivência em Gaza”.
“É necessário para abastecer hospitais, sistemas de água, redes de saneamento, ambulâncias e todos os aspectos das operações humanitárias”, afirmaram.
O território palestino sitiado enfrenta grave escassez de combustível desde o início da guerra, desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
No entanto, a atual escassez atingiu “níveis críticos”, alertaram as agências, incluindo a Organização Mundial da Saúde, o Programa Mundial de Alimentos e o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários.
As agências observaram que, após quase dois anos de conflito, a população de Gaza enfrenta “extremas dificuldades”, incluindo “insegurança alimentar generalizada”.
“Quando o combustível acaba, isso representa um fardo novo e insuportável para uma população à beira da fome”, observaram.
Sem o combustível necessário, a ONU alertou que as agências que respondem ao agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza “provavelmente serão forçadas a interromper completamente suas operações”.
“Isso significa falta de saneamento, água limpa ou capacidade de entrega de ajuda”, afirmaram as instituições, insistindo que implicaria no “colapso dos esforços humanitários”.
“Essas condições expõem famílias a surtos de doenças mortais e colocam os mais vulneráveis de Gaza ainda mais perto da morte”, afirmaram.
O alerta surge dias depois de a ONU conseguir levar combustível para Gaza pela primeira vez em 130 dias. A ONU saudou a situação como um “avanço”, mas considerou-a insuficiente para as necessidades diárias e a manutenção das operações críticas de ajuda.
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