O pequeno Ryan Carlos de Souza, de 9 anos, foi mordido por um rato na escola, em Vila Velha (ES), na quarta-feira (27). A criança estava sentada no pátio quando o rato entrou em sua bermuda e a mordeu na parte de trás da coxa. As informações são do G1.

Conforme a mãe do menino, Iara Brito, assim que foi avisada pela escola sobre o incidente, ela levou o filho para a Unidade de Saúde de Jardim Colorado, onde o médico avaliou que não era necessário tratamento. No entanto, a mãe decidiu procurar outra opinião médica.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, uma médica afirmou que o menino precisava tomar soro antirrábico. Porém, até o momento, a família não encontrou nenhum posto de saúde com o soro disponível. Ainda segundo a mãe do menino, o ferimento causado pela mordida piorou desde quarta.

Em entrevista ao G1, o médico veterinário Breno Salgado, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), afirmou que a chance de um rato transmitir raiva é muito pequena. A doença mais comum transmitida pela saliva do rato é chamada de febre por mordida de rato.

Com medo de ser mordido novamente, Ryan ainda não voltou para escola. “Alguns pais também relataram que estão com medo porque, uma vez que uma criança é mordida, dentro da escola, por um rato, imagina que pode acontecer lá dentro, uma vez que a gente não vê, não sabe de nada dessa escola. Então alguns pais estão revoltados, procuraram a gente para prestar apoio, nós tivemos apoio dos pais, que também não sabem o que aconteceu”, explicou Iara ao G1.

Secretaria lamenta ocorrido

Em nota ao G1, a Secretaria de Educação de Vila Velha informou que “lamenta o ocorrido e informa que o aluno recebeu atenção pedagógica e médica assim que o fato, extremamente incomum, aconteceu”. “Ele está em observação e os pais foram orientados a retornar à unidade de saúde caso haja necessidade”, diz a nota.

De acordo com a pasta, a escola passou por serviço de desratização neste mês e uma nova ação está prevista para o mês de outubro. No entanto, a empresa já foi acionada para realizar o serviço antes. A secretaria destacou ainda que as ruas ao redor da escola também passaram por tratamento.

“Foram tratados com raticidas 54 bueiros e a equipe retornará ao local na semana que vem para fazer novamente o repasse”, diz parte da nota da secretaria. Também procurada pelo G1, a Secretaria de Saúde do município informou que, segundo o Ministério da Saúde, roedores urbanos como ratos são considerados animais de baixo risco de transmissão de raiva.

Por isso, conforme a secretaria, “não é necessário indicar tratamento profilático com soro e/ou vacina da raiva em caso de acidentes causados por eles”. “Informa ainda que não existe indicação para tratamento profilático para leptospirose. O tratamento deve ser iniciado apenas quando houver início dos sintomas”, diz a nota.