INSTANBUL, 19 MAR (ANSA) – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta segunda-feira (19) que as operações militares contra as forças curdas não serão encerradas com a tomada da cidade de Afrin, mas vão continuar pelo norte da Síria e no Iraque.   

“Conquistamos a parte mais importante da operação Ramo de Oliveira, ao entrar na cidade de Afrin. Agora, continuaremos em Manbech, Kobani, Tel Abiad e Ras al Ain, até a eliminação total do corredor do terror” no norte da Síria, explicou Erdogan.   

As diversas localidades sírias estão ao longo da fronteira turca e em mãos das milícias curdas Unidades de Proteção Popular (YPG).   

Erdogan ainda advertiu que as tropas da Turquia poderão realizar de “improviso” e em “qualquer noite” uma nova ofensiva nas montanhas de Sinyar, no noroeste do Iraque, controladas pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).   

No último domingo (18), o presidente turco anunciou a tomada do centro de Afrin, que era dominado por curdos, considerados “terroristas” por Ancara. No entanto, o governo da Síria condenou a ofensiva e exigiu a retirada imediata das tropas do Exército do local, informou o ministério das Relações Exteriores, citado pela agência Sana. Apoiados pelos Estados Unidos, os curdos já haviam solicitado ajuda a Damasco, pedindo o envio de tropas do presidente sírio Bashar al-Assad para tentar proteger Afrin contra a ação militar de Erdogan, iniciada no último dia 20 de janeiro.   

A ofensiva ocorria há cerca de dois meses e obrigou ao êxodo de ao menos 150 mil civis. No entanto, Erdogan afirmou que ela foi necessária por causa dos “contínuos ataques com fogo de morteiros contra [as províncias de fronteiras turcas ] Hatay, Kilis e Sanliurfa”.   

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Além disso, o chefe de Estado turco ainda afirmou que pretende acabar totalmente com a atuação dos terroristas na região.   

“Transformaremos o lugar numa área totalmente segura, e depois seus habitantes originais retornarão. A nossa finalidade não é a ocupação, mas limpar a região de terroristas”, finalizou Erdogan. (ANSA)


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