ROMA, 21 MAI (ANSA) – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse neste sábado (21) à primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, que espera medidas concretas em relação às suas preocupações com organizações terroristas.   

“O apoio político, financeiro e militar da Suécia às organizações terroristas deve acabar”, afirmou o líder turco em um telefonema, acrescentando que espera que “a Suécia tome medidas concretas e sérias que mostrem que compartilha das preocupações turcas”.   

Além disso, Erdogan ressaltou que o embargo da exportação de armas imposto à Turquia após as operações militares na Síria em 2019 deveria ser suspenso.   

Segundo nota de Ancara, os dois líderes discutiram as relações bilaterais e o pedido de Estocolmo de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).   

A Finlândia e a Suécia solicitaram formalmente a adesão à Otan nesta semana, após a invasão da Rússia à Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro. A Turquia, no entanto, surpreendeu os aliados da aliança ao se opor à entrada dos dois países.   

De acordo com Erdogan, Suécia e Finlândia abrigam pessoas ligadas ao grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a quem Ancara classifica como terrorista e acusa de ter orquestrado uma tentativa de golpe em 2016.   

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Na conversa com Andersson, Erdogan afirmou que a Turquia sempre apoiou totalmente a política de portas abertas da Otan e explicou que a solidariedade na aliança é um valor fundamental em termos de segurança dos Estados-Membros e segurança coletiva.   

No entanto, o líder turco reiterou suas duras críticas ao suposto apoio da Suécia a “organizações terroristas”, referindo-se aos curdos do PKK e sua ala síria do YPG-PYD e aos membros da suposta rede golpista de Fethullah Gülen.   

Logo depois da ligação com a Suécia, o presidente da Turquia também conversou com seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto.   

“Um telefonema aberto e direto com o presidente Erdogan.   

Declarei que, como aliados da Otan, a Finlândia e a Turquia estarão comprometidas com a segurança mútua e nossas relações serão fortalecidas”, escreveu Niinisto no Twitter.   

O líder da Finlândia ainda condenou “o terrorismo em todas as suas formas e manifestações” e enfatizou que “o diálogo continua”. (ANSA)


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