Eu não sou inteligente, não sou bom e não sou especialista em nada. Sou apenas um observador atento do cotidiano e me informo (bem!!) o quanto posso. Mas se tem algo que não sou, é incoerente. Sim, posso até mudar de ideia sobre alguma coisa, digamos, flexível, mas não opino ao sabor dos ventos nem muito menos das ocasiões.

Desde que me envolvi em política, ou melhor, no noticiário político, no final dos anos 1990, antevéspera de uma de nossas grandes tragédias (a primeira eleição do meliante de São de Bernardo, desprezando José Serra), fui, sou e serei oposição ao lulopetismo. Posso mudar de ideia? Sem chance. Eis uma das “coisas inflexíveis” para mim.

Um leitor provocador pode perguntar: “e se Lula vencer e fizer um excepcional governo”? Bem, elogiarei o que for bom, criticarei o que for ruim, mas me manterei opositor ferrenho do chefão petista e de sua visão míope, torpe, mofada, cínica, populista e sempre interesseira (eleitoreira) e egoísta da sociedade, do Brasil e do mundo.

Como eu poderia pensar igual a quem chama de “irmão” e “amigo” os piores facínoras e ditadores sanguinários da história como Muammar Al Gaddafi, Mahmoud Ahmadinejad, Fidel Castro, Daniel Ortega e Hugo Chávez? Como eu poderia apoiar aquele que comandou o maior bando de assalto aos cofres do Brasil desde o descobrimento?

Por isso, ainda que eu tenha absoluta ojeriza e profundo asco do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, a quem chamo de verdugo do Planalto, e que seja o mensaleiro do PT a única chance de defenestrar o amigão do Queiroz do poder central, prefiro cortar o dedo indicador (sem trocadilho de mau gosto) do que apertar o 13 no dia 2 de outubro.

Além disso, se o líder do Petrolão (conforme o MPF – Ministério Público Federal) confirmar a vitória que projetam as pesquisas, jamais concordarei – nem sequer admitirei a hipótese – de o mesmo vir a “anistiar Bolsonaro” como já surgem, aqui e ali, especulações na imprensa, tendo o ex-presidente Michel Temer, supostamente como porta-voz.

Primeiro porque lugar de bandido é na prisão, mesmo que o STF (Supremo Tribunal Federal) não concorde. Se o devoto da cloroquina cometeu – eu acho que sim – crimes, que seja processado, condenado e punido na forma da lei. Que mané anistia o quê! Segundo, chega a ser risível, piada pronta de péssimo gosto, aliás, Lula da Silva anistiar alguém. A ficha corrida do sujeito não o permite anistiar nem a si próprio. Já não basta ser Sergio Moro o suspeito no Brasil?