A mãe do paraquedista Pedro Lucas Ferreira Chaves, de 19 anos, falou sobre a morte do filho após o enterro dele no Rio de Janeiro. Em entrevista ao Uol, Alynne Soares, de 36 anos, afirmou que o sonho do filho era ser paraquedista.

“Meu filho estava cheio de vida, alegre, feliz de ter conseguido entrar na Brigada. Era o sonho dele, e agora só sobrou a dor”, afirmou ao Uol.

O soldado Pedro morreu no sábado (20) após sofrer um acidente durante o lançamento de paraquedistas na Base Aérea dos Afonsos. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), o jovem ficou preso à aeronave e, após os procedimentos de emergência, a abertura do paraquedas do militar não ocorreu adequadamente.

Com a queda, Pedro sofreu ferimentos graves, foi socorrido e levado ao Hospital Geral do Rio de Janeiro (HGeRJ), na Vila Militar. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos.

Presidente participou de velório

O velório do paraquedista foi realizado no domingo (21) e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. “Recebi com muito carinho a presença do Bolsonaro no velório do meu filho. O Bolsonaro se emocionou durante as homenagens. Mas eu entreguei o meu filho vivo, para realizar o sonho dele de ser paraquedista. E eles me devolveram meu filho morto. Vou ter que conviver com essa dor o resto da vida. Não é justo”, afirmou a mãe de Pedro .

“Ele disse que sentia muito e, enquanto eu chorava, pediu que eu orasse para que o espírito do meu filho estivesse num bom lugar. Mas é muito difícil”, disse em entrevista ao Uol.

Em sua carreira no Exército, o presidente foi membro da Brigada de Infantaria Paraquedista.“A sua dor é a dor de todos nós. Temos a certeza que o Deus pai todo misericordioso já o acolheu”, disse Bolsonaro.

“Levo parte da sua dor comigo. Sou pai de cinco filhos e peço a Deus que não passe por um momento como a senhora (mãe), seu marido, padrasto e esposo, avô e demais familiares estão vivendo no momento”, continuou o presidente para os parentes do paraquedista.

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Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente. Ainda segundo o Comando Militar do Leste, está sendo prestado todo o apoio psicológico e religioso à família do militar. “Os integrantes do Comando Militar do Leste e da Brigada de Infantaria Pára-quedista sentem-se consternados pela perda e rogam a Deus pelo conforto da família enlutada”, diz a nota do CML.