CARLOS ALBERTO RICCELLI, ator e diretor

Ator e diretor, Carlos Alberto Riccelli há tempos não apresentava um trabalho de interpretação tão forte como em Trago Comigo.

Como começou seu envolvimento no projeto?

Cheguei bem em cima do início da filmagem, faltando uma semana, quando o grupo de jovens atores da peça dentro do filme já ensaiava no TBC.

O roteiro mudou alguma coisa com a sua chegada?

Com exceção de alguns diálogos guias, foi tudo improvisado com o elenco jovem. E como eu era o diretor da peça, conduzia as improvisações. Foi muito intenso, nunca havia trabalhado assim.

E o tema da ditadura?

Era difícil ser artista no Brasil daquela época sem viver a censura, as perseguições, os desaparecimentos. É o tipo da história que é preciso contar e o público deveria ver.

Você vem de um filme como diretor que não atraiu muito público, Um Amor em Sampa…

Mas quem viu gostou muito. A questão é motivar as pessoas, levá-las aos cinemas. Estamos num refluxo doloroso para quem faz filmes. Bruna (Lombardi) e eu estamos num projeto de série para TV que logo vai ser anunciado, mas não desistimos do cinema. Vamos continuar insistindo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.