As equipes de emergência que trabalham para retirar os 40 trabalhadores presos em um túnel do norte da Índia que desabou há quase uma semana anunciaram, nesta sexta-feira (17), que podem precisar de mais dois dias para completar a operação.

Desde domingo, equipes técnicas estão trabalhando para retirar os trabalhadores, depois que o túnel em construção no estado de Uttarakhand (norte) sofreu um colapso parcial.

O objetivo dos socorristas é instalar um cilindro de aço de 90 centímetros de diâmetro que permitirá a retirada dos trabalhadores.

Na quinta-feira à noite, apenas 18 metros da tubulação haviam sido inseridos entre os escombros, com a ajuda de uma nova máquina de perfuração.

“Se continuarmos trabalhando neste ritmo, serão necessárias mais 40 ou 48 horas para resgatar os operários”, declarou nesta sexta-feira Deepak Patil, que coordena os trabalhos de resgate.

A Índia solicitou a consultoria da empresa tailandesa que salvou, em 2018, um grupo de crianças de uma caverna, além de especialistas em mecânica dos solos e geólogos de um instituto norueguês.

As equipes de resgate estão em comunicação com os homens presos por rádio e já enviaram comida, água, oxigênio e remédios por um tubo de 15 centímetros de diâmetro.

Nenhuma informação oficial foi divulgada sobre o estado de saúde dos operários, mas, segundo a imprensa local, alguns sofreram vômitos, dores de cabeça, ansiedade e problemas estomacais.

Fora do túnel, as autoridades montaram um hospital de campanha com seis leitos e ambulâncias foram mobilizadas para atender os casos mais urgentes.

O túnel que desabou é parte de um grande projeto para conectar as localidades de Silkyara e Dangalgaon, onde ficam dois dos templos hindus mais sagrados, o de Uttarkashi e o de Yamunotri.

Vários especialistas alertaram sobre o impacto das grandes construções em Uttarakhand, onde muitas áreas são propensas a deslizamentos de terra.

Os acidentes em grandes obras de infraestruturas são frequentes na Índia.

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