A Equatorial Energia assume nesta quarta-feira, 17, a concessão para distribuir energia elétrica no Estado do Piauí, no lugar da Eletrobras Distribuição Piauí. O grupo foi o vencedor do leilão de venda da distribuidora, realizado em 26 de julho, e obteve todas as autorizações necessárias para a operação. A Equatorial foi a única proponente pelo ativo e ofereceu um desconto tarifário de 8,5%, além de um pagamento de outorga de R$ 95 milhões. Além disso, se comprometeu a realizar um aporte da ordem de R$ 720 milhões na empresa.

A companhia assume a distribuidora do Piauí no mesmo dia em que o mercado assimila uma importante derrota para a Eletrobras e seu plano de privatização das distribuidoras: a rejeição, no plenário do Senado, do projeto de lei da Câmara 77/2018, que favorecia a venda das distribuidoras que atuam no Norte do País.

A Cepisa foi a primeira das seis distribuidoras da Eletrobras a ser leiloada. Outras três foram ofertadas em certame no fim de agosto, já o certame da Amazonas Energia segue, ao menos por enquanto, marcado para 25 de outubro, enquanto a venda da Ceal (Alagoas) está impedida por decisão judicial.

Em nota à imprensa, o grupo Equatorial afirmou reconhecer que os desafios serão muitos na operação da distribuidora do Piauí e disse apostar na expertise que vem acumulando ao longo dos anos com a Cemar (MA) e a Celpa (PA) – distribuidoras de energia antes consideradas ineficientes e que atualmente apresentam melhores indicadores da qualidade do fornecimento, além de recuperação financeira.

“Um dos grandes objetivos nesses primeiros anos é tornar a empresa economicamente viável, combatendo a inadimplência, reduzindo as perdas de energia, o famoso ‘gato’, além de planejar e executar medidas necessárias no processo de gestão, garantindo investimentos para melhoria da energia e assim promover o desenvolvimento do Estado”, afirmou o presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, por meio da nota.

Conforme destacou a companhia, a distribuidora passará por um processo de transição natural neste cenário e as melhorias na qualidade do serviço prestado serão percebidas pelos consumidores ao longo dos próximos anos.

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“Uma das grandes metas nestes primeiros 180 dias, mesmo com toda dificuldade financeira, será trabalhar dia e noite com o intuito de reduzir a falta de energia e melhorar o prazo de retorno quando falta. Acreditamos que assim conseguiremos ter uma melhoria na qualidade da energia para amenizar o calor nessa época do B-R-O-BRó” (entre setembro e dezembro, a época mais quente do ano no estado), afirmou o novo presidente da empresa no Piauí, Nonato Castro.


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