QUITO, 02 ABR (ANSA) – O Equador realiza neste domingo (2) o segundo turno de suas eleições presidenciais, que tem frente a frente o candidato governista Lenín Moreno, apoiado por Rafael Correa, e o ex-ministro de Economia e ex-banqueiro Guillermo Lasso, de oposição.
Os 40 mil colégios eleitorais do país abriram às 7h da manhã (9h em Brasília), para que 12,8 milhões de equatorianos habilitados para votar escolham o novo inquilino do Palácio de Carondelet, sede do governo, para o período 2017-2021.
Correa, que participou da abertura oficial da jornada eleitoral, pediu ao povo que o voto “seja uma canção de amor pela pátria, não de ódio, exclusão e revanchismo”. Além disso, o presidente aproveitou a ocasião para se despedir de seus compatriotas, a quem agradeceu pelo apoio em seus 10 anos de governo, que terminam oficialmente no próximo dia 24 de maio.
“Queridos compatriotas e amigos que nos visitam, a partir de segunda-feira teremos um novo presidente eleito. Em 24 de maio, entregarei um novo país, com uma economia estabilizada e em crescimento, com uma sociedade mais justa, livre e solidária, com uma democracia sólida e intensa”, declarou.
As urnas serão fechadas às 17h (19h em Brasília), quando institutos poderão divulgar suas pesquisas de boca de urna. Os primeiros números oficiais da apuração devem sair apenas duas horas mais tarde.
No primeiro turno, em 19 de fevereiro, Lenín ficou perto de liquidar a fatura, obtendo 39,36% dos votos, contra 28,09% de Lasso – para vencer, ele precisava de pelo menos 40% e de uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado.
O resultado frustrou os apoiadores de Correa, embora a maioria das pesquisas aponte para um triunfo, embora apertado, do candidato governista, que, se eleito, será o primeiro presidente cadeirante na América do Sul.
Além de um teste para a força do atual mandatário, que chegou a flertar com a hipótese de um quarto mandato consecutivo, as eleições no Equador são acompanhadas com atenção pela esquerda latino-americana, que viu o subcontinente ter uma guinada conservadora nos últimos anos. (ANSA)