As autoridades equatorianas não conseguem descobrir o paradeiro de “Fito”, líder da principal gangue criminosa do país, preso na cidade de Guayaquil, informou o comandante da polícia no domingo (7).

Desde a manhã, centenas de agentes fardados entraram em um complexo prisional do porto, sem que se saiba até o momento o motivo desta operação. A mídia fala sobre a possibilidade de o líder de Los Choneros, cujo nome verdadeiro é Adolfo Macías, ter fugido.

Durante a operação “foi possível constatar a não presença de um dos reclusos (…) Até o momento (no) local ou área onde deveria estar esta PPL (pessoa privada de liberdade), ele não foi encontrado”, disse o general César Zapata quando questionado pela imprensa sobre o destino de “Fito”.

“Vamos continuar internamente com as operações até encontrarmos a localização deste cidadão”, acrescentou o responsável.

A Presidência havia anunciado que o presidente Daniel Noboa faria uma declaração à imprensa às 00h00 GMT de segunda-feira (21h00 de domingo, no horário de Brasília), mas ela foi cancelada.

Preso desde 2011, Macías cumpre pena de 34 anos por crime organizado, tráfico de drogas e homicídio.

Investigações independentes apontam para o papel fundamental dos Los Choneros no tráfico de cocaína e na exportação da droga a partir dos portos do Pacífico.

Por comandar milhares de homens, “Fito” é considerado um dos criminosos mais perigosos do Equador, país atormentado pela violência das drogas devido à presença de cartéis estrangeiros.

As autoridades não descartam que ele possa estar escondido no complexo penitenciário de Guayaquil.

-“Suposta evasão”-

O Ministério Público, por sua vez, informou que abriu investigação sobre a “suposta evasão” de “Fito”.

Acredita-se que Macías, de 44 anos e advogado de profissão, continua liderando Los Choneros desde a prisão e, como outros líderes criminosos, goza de privilégios a portas fechadas.

A última vez que foi visto foi em setembro passado, dias após o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

“Fito” foi transferido da prisão logo após o assassinato, porque Villavicencio havia denunciado ameaças de morte dele.

Depois apareceu nas fotos obeso, com cabelos longos e barba proeminente. Milhares de policiais uniformizados o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais realizadas pelo ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023).

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