Os equatorianos comparecerão às urnas para escolher o presidente e 151 deputados no dia 9 de fevereiro, em eleições nas quais o atual chefe de Estado, Daniel Noboa, buscará a reeleição, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na quinta-feira.

“O dia da votação deste processo eleitoral acontecerá no domingo, 9 de fevereiro de 2025, e serão eleitos os seguintes cargos: presidente e vice-presidente da República do Equador, cinco representantes do Parlamento andino e 151 representantes da Assembleia Nacional”, afirmou o CNE.

O organismo explicou que os equatorianos elegerão 14 membros a mais para a Assembleia Nacional na comparação com a eleição anterior devido ao “aumento da população”. Atualmente, o Congresso tem 137 deputados.

Um total de 13,7 milhões de eleitores estão registrados para votar, incluindo 456.000 no exterior.

A campanha eleitora começará em 5 de janeiro e terminará no dia 6 de fevereiro de 2025. Em caso de necessidade, o segundo turno acontecerá em 3 de abril.

Noboa – que se declara de centro-esquerda – foi escolhido por seu partido Ação Democrática Nacional (ADN) como candidato. Ele terá como candidata a vice María José Pinto, sua atual secretária do programa Crescer Sem Desnutrição Infantil.

O presidente tem uma relação tensa com sua atual vice-presidente, Verónica Abad, que designou como embaixadora em Israel.

Ele teve uma vitória surpreendente nas últimas eleições e chegou ao poder em novembro do ano passado para governar por 18 meses (até maio de 2025) em substituição ao direitista Guillermo Lasso, que recorreu a uma figura constitucional para antecipar as eleições e evitar o impeachment pelo Congresso, de maioria opositora.

Noboa, que concentra seu curto governo em políticas de linha dura contra as organizações do narcotráfico que assolam o país, chegou ao poder com 52% dos votos válidos no segundo turno contra a candidata Luisa González (apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa), que disputará novamente a presidência.

Até o momento, o pleito tem 17 pré-candidatos, incluindo o líder da maior organização indígena do país, Leonidas Iza, e o presidente da Assembleia Nacional, Henry Kronfle.

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