O Equador anunciou nesta quinta-feira (26) a captura de, nos Emirados Árabes Unidos, uma liderança de uma guerrilha colombiana responsável por matar 11 militares equatorianos.
Os rebeldes do Comando da Fronteira, que negociam a paz com o governo do presidente colombiano, Gustavo Petro, emboscaram os soldados e os atacaram com fuzis, granadas e explosivos em 10 de maio.
O ministro do Interior do Equador, John Reimberg, assegurou nesta quinta que uma das lideranças envolvidas no massacre foi detida em Abu Dabi em uma operação coordenada com a Interpol.
Identificado como Roberto Álvarez Vera, de nacionalidade equatoriana, o rebelde tem uma medida de extradição de Quito. “Não vamos descansar até que todos paguem suas dívidas com a Justiça”, disse Reimberg.
Os militares abatidos pelos Comandos da Fronteira, uma facção dissidente ao acordo de paz de 2016 com a guerrilha FARC, faziam uma operação contra a mineração ilegal.
Após os assassinatos, o presidente Daniel Noboa destacou cerca de 1.500 militares na área florestal do Alto Punino, na província de Orellana (leste), fronteiriça com o Peru.
A zona tem operação da guerrilha colombiana. Também estão presentes gangues como Los Lobos, Los Choneros, Tiguerones e o brasileiro Comando Vermelho.
O anúncio da detenção do líder dos Comandos de la Frontera ocorre um dia depois da recaptura de Adolfo Macías, conhecido como Fito, o criminoso mais procurado do Equador.
Fito ficou foragido por um ano e meio. Sua fuga de uma prisão de Guayaquil, no sudoeste do Equador, desencadeou uma onda de violência que incluiu motins em prisões, a tomada armada de um canal de televisão, explosão de carros-bomba e a detenção temporária de cerca de 200 agentes penitenciários.
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