20/06/2024 - 17:59
Com o México questionado pelo fraco futebol que vem mostrando, o Equador estreia como a seleção forte do Grupo B da Copa América dos Estados Unidos, formado também pela Venezuela, que quer deixar de ser azarão, e uma Jamaica atingida pela ausência de um de seus principais jogadores.
A ação nesta chave, em que nenhuma das seleções venceu a competição em sua história, começa no sábado com os duelos Equador-Venezuela, em Santa Clara, na Califórnia, e México-Jamaica, em Houston, no Texas.
Quem terminar nas duas primeiras posições ao final da primeira fase enfrentará nas quartas de final o líder e o segundo do Grupo A, formado pela Argentina (atual campeã), Peru, Chile e Canadá.
Nos últimos anos, ‘La Tricolor’ deu um salto no futebol sul-americano: esteve em duas das últimas três Copas do Mundo (2014 e 2022) e produziu nomes como Enner Valencia, Piero Hincapié, Moisés Caicedo e a joia Kendry Páez.
Os jogadores comandados pelo técnico espanhol Félix Sánchez chegam ao torneio de seleções mais antigo do mundo com um retrospecto de seis vitórias nos últimos dez jogos, nos quais indicaram uma tendência que pode funcionar tanto a favor como contra eles.
Os equatorianos saem vitoriosos de duelos contra seleções de peso semelhante (venceu o Uruguai por 2 a 1 e o Chile por 1 a 0 e empatou em 0 a 0 com a Colômbia no ano passado), mas perde ao enfrentar gigantes como a Itália (2 a 0 em março) e Argentina (1 a 0 em 9 de junho).
“Vamos com a confiança de poder competir e tentar conseguir um resultado positivo”, disse Sánchez.
No México, o técnico Jaime Lozano é muito criticado pelos maus resultados e pela forma como conduz a renovação do elenco visando a Copa do Mundo de 2026, que o país organiza junto com Estados Unidos e Canadá.
Seleção mais bem-sucedida da América do Norte, com doze Copas Ouro e uma Copa das Confederações (1999) em sua galeria, ‘El Tri’ perdeu as duas últimas partidas preparatórias: uma dura goleada de 4 a 0 para o Uruguai e uma derrota de 3 a 2 para uma seleção brasileira com alguns reservas.
E em março perdeu a final da Liga das Nações da Concacaf para os Estados Unidos (2-0), a quem não vence há quase cinco anos.
Para renovar o elenco, deixou de fora rostos famosos como o goleiro Guillermo Ochoa (38 anos) e os atacantes Hirving ‘Chucky’ Lozano (28) e Raúl Jiménez (33).
Uma de suas apostas, o goleiro Luis Malagón, do América, se machucou antes do jogo contra o Brasil e ficará de fora do torneio.
O colombiano naturalizado mexicano Julián Quiñones começa como arma ofensiva do México, que não disputa a Copa América desde 2016, quando foi humilhado pelo Chile (7 a 0) nas quartas de final.
Única seleção sul-americana que nunca disputou uma Copa do Mundo, a Venezuela continua sua campanha para deixar de ser o ‘patinho feio’.
O país cresceu no futebol nos últimos anos e ocupa a quarta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas, que dá classificação direta para a Copa do Mundo de 2026.
Mas o retrospecto recente da ‘Vinotinto’ de Fernando ‘Bocha’ Batista não é muito animador: cinco partidas consecutivas sem vencer, com três empates (Equador, Peru e Guatemala) e duas derrotas (Colômbia e Itália).
“Esta Copa América vai nos ajudar a continuar competitivos, para que a cada jogo o adversário sinta o que a Venezuela está fazendo hoje”, disse Batista.
O treinador argentino convocou os seus melhores jogadores: desde os experientes Tomás Rincón e Salomón Rondón, até Yangel Herrera, Yeferson Soteldo, Darwin Machís e Jefferson Savarino.
A preparação dos ‘Reggae Boyz’ para a sua terceira participação na Copa América, depois das decepções de 2015 e 2016, foi tudo menos calma devido a uma polêmica que envolveu aquele que é provavelmente o seu jogador mais conhecido: Leon Bailey.
Embora tenha sido convocado pelo técnico islandês Heimir Hallgrímsson, o atacante do Aston Villa se retirou da lista em meio a uma disputa com a federação.
Sem Bailey, as esperanças jamaicanas estão depositadas nos atacantes Michail Antonio (West Ham, Inglaterra), Shamar Nicholson (Clermont, França) e Demarai Gray (Al-Ettifaq, Arábia Saudita) e o meio-campista Bobby Decordova-Reid (Fulham, Inglaterra).
Terceira colocada na recente Liga das Nações da Concacaf, a Jamaica buscará marcar e vencer uma partida pela primeira vez na Copa América.
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