WASHINGTON, 13 NOV (ANSA) – Um dos e-mails divulgados pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revelou que o falecido bilionário Jeffrey Epstein afirmou, em uma mensagem escrita em 2018, ser o “único capaz de derrubar” o presidente Donald Trump.
As mais de 20 mil páginas de documentos foram tornadas públicas pelo espólio de Epstein e compartilhadas por diversos congressistas democratas. Em meio a erros de digitação e outras mensagens, ele insulta o republicano e insinua possuir informações comprometedoras sobre o republicano.
Em uma troca de mensagens de texto datada de dezembro de 2018, uma pessoa não identificada escreveu a Epstein: “Tudo isso vai passar. Na verdade, eles estão apenas tentando derrubar Trump e fazendo tudo o que podem para conseguir isso”.
Epstein então respondeu: “Sim, obrigado. É uma loucura. Porque sou eu quem pode derrubá-lo”.
Embora a conversa não forneça um contexto mais amplo, ela ocorreu durante o primeiro mandato de Trump como presidente e cerca de seis meses antes de Epstein ser preso em Nova Jersey por agentes do FBI, sob acusações federais de tráfico sexual.
O bilionário ainda faz referência a informações potencialmente comprometedores sobre o presidente dos EUA, incluindo supostas buscas em suas demonstrações financeiras e a existência de “fotos de Donald e garotas de biquíni” em sua cozinha.
A divulgação das conversas reacende os holofotes sobre a já muito explorada relação entre Epstein e Trump, sugerindo que o bilionário ? ou seus conselheiros ? acreditava possuir conhecimento potencialmente prejudicial ao presidente dos Estados Unidos.
Epstein foi encontrado morto em sua cela em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de menores.
O caso segue sendo alvo de diversas investigações e controvérsias políticas nos Estados Unidos.
Ontem, outro e-mail sugeriu que Trump sabia dos casos de abusos e passou “horas” em sua casa com uma mulher descrita como vítima de tráfico sexual.
Por sua vez, a Casa Branca acusou os democratas de divulgarem as conversas para difamar Trump e “criar uma narrativa falsa”.
(ANSA).