A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) deve ser adequada para atuar no planejamento de longo prazo do setor de transportes, de maneira similar à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para o setor elétrico, disse o secretário de Articulação de Investimentos de Parcerias do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcelo Allain.

Segundo ele, a ideia é que se desenhe um planejamento com um horizonte de 20 anos, tendo como base a perspectiva de crescimento da produção mineral, do agronegócio e da indústria, para indicar quais modais deveriam ser usados para o escoamento da produção. “Estamos apresentando o planejamento de curto prazo, mas há uma demanda sobre qual é o plano para o longo prazo, e é algo que temos que pensar como país: quais as vertentes de geração de carga, quais as soluções de modais, como será a logística de longo prazo”, afirmou.

A EPL foi criada em 2012 para elaborar estudos relacionados a transporte ferroviário de alta velocidade, sobretudo o trem-bala que ligaria o Rio de Janeiro a Campinas (SP), e para planejar projetos de outros modais de transporte. Ela estava ligada ao Ministério dos Transportes, mas passou a estar vinculada ao PPI com a medida provisória que criou o programa. “A EPL tem softwares e qualificação para planejamento de modais”, disse.

Já a elaboração dos estudos que apoiarão os projetos incluídos no PPI não deve ficar a cargo da EPL. “Para projetos, queremos estar habilitados, mas foi criado o FAEP – Fundo de Apoio à Estruturação de Parcerias”, comentou, referindo-se ao fundo a ser administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) justamente para a estruturação dos projetos.


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